O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) anunciou a abertura de seu novo edifício em março de 2025. Denominado Edifício Pietro Maria Bardi, em homenagem ao primeiro diretor artístico do museu, a construção representa um significativo aumento na capacidade expositiva da instituição.
Expansão significativa: O novo prédio adiciona 7.821 metros quadrados à área total do Masp, elevando o espaço expositivo em até 66%. A área total do museu passará de 10.485 m² para 21.863 m² a partir da integração com o vão livre, que também está sob concessão do museu.
Novas instalações: O Edifício Pietro Maria Bardi conta com cinco novas galerias para exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, um moderno laboratório de conservação, área de acolhimento para o público, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga otimizada de obras de arte. Segundo o diretor-presidente do Masp, Heitor Martins, “A primeira decisão que nós tomamos quando resolvemos expandir o museu [foi de] construir um prédio que é inteiro dedicado ao museu. Ele não tem loja, não vai ser escritório para ser alugado, ele não é nem escritório do próprio museu. Ele é um prédio todo dedicado à sua atividade fim“
Martins também acrescentou: “Para fazermos com que esse novo Masp seja, de fato, o museu grande que a gente quer e preparado para o futuro“
Necessidade de expansão: O diretor do museu explicou que o edifício original, projetado por Lina Bo Bardi e construído em 1968, apresentava limitações devido à sua época de construção. “Desde a questão do condicionamento de ar com a arquitetura toda de vidro, que é um desafio, [o prédio] não tinha bilheteria, não tem área de acolhimento, não tem doca para descarregar os quadros. Os quadros que a gente pedia emprestado tinham que ser descarregados na Avenida Paulista“, afirmou Martins. A limitação de espaço também se tornou evidente durante a exposição de obras de Tarsila do Amaral, resultando na necessidade de restringir o número de visitantes.
Financiamento e construção: A construção, iniciada em 2019, foi totalmente financiada por doações privadas, totalizando R$ 250 milhões, sem o uso de leis de incentivo. O edifício possui 14 andares e sua arquitetura apresenta elementos que conectam-no ao edifício original, incluindo a utilização de concreto aparente, cores e volumes semelhantes, além da inspiração na cor dos caixilhos do Edifício Lina para a fachada escura do novo prédio. Uma característica interessante é que, se verticalizado, o Edifício Lina teria a mesma altura do Edifício Pietro, e o pé direito do térreo deste último (8 metros) iguala-se ao do vão livre.
Conexão entre os prédios: A interligação entre os dois edifícios será facilitada por um túnel subterrâneo de 40 metros, com previsão de conclusão para o segundo semestre de 2025. A transparência arquitetônica permite vistas da cidade e do Edifício Lina de dentro do Edifício Pietro durante o dia, enquanto à noite, a iluminação interna se torna visível do exterior. Vidros nos andares inferiores oferecem vistas para o vão livre.
Programação de abertura: A inauguração das novas galerias em março de 2025 contará com exposições que apresentarão recortes do acervo do Masp e uma mostra sobre a história do museu. Além disso, o Masp planeja dedicar o ano de 2025 à temática da ecologia, com exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações voltadas à reflexão sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente.
Vão Livre: O Masp também prevê uma programação de atividades culturais gratuitas no vão livre, incluindo área de convivência, mobiliário urbano, wi-fi gratuito, iluminação, segurança, gestão de resíduos, e serviços de manutenção e conservação.
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