A Câmara Municipal de Natal recebeu na última segunda-feira (19) o lançamento do livro ‘Direito das Mulheres e Injustiça dos Homens’ de autoria da renomada escritora e educadora Nísia Floresta Brasileira Augusta. O evento foi realizado através da parceria do Legislativo natalense e a Fundação Ulisses Guimarães, com a colaboração das pesquisadoras Udymar Pessoa e Constância Lima Duarte. A iniciativa tem o objetivo de resgatar a memória e popularizar a obra literária de Nísia Floresta, considerada pioneira do feminismo brasileiro.
“Trata-se de uma das primeiras obras escrita por uma mulher na história do Brasil, editado em 1832 nos primórdios do Império. Nascida no Rio Grande do Norte, Nísia Floresta foi forçada a casar muito jovem, se separou do marido que não gostava, casou novamente, trabalhou como professora e chegou a morar na França onde conviveu com grandes intelectuais do século XIX, sendo respeitada por eles”, disse Zelma Furtado, diretora da Escola do Legislativo Miguel Arraes.
De acordo com o presidente da Casa, vereador Franklin Capistrano (PSB), a temática do livro é muito atual e pertinente. “Uma mulher foi eleita presidente do Brasil e é uma ótima ideia conhecer o que escreve uma pioneira neste caminho tão árduo que as mulheres brasileiras percorrem todos os dias rumo a igualdade de condições sociais e de trabalho em nosso país e no mundo”, destacou.
Por sua vez, a professora Udymar Pessoa falou que Nísia escreve de maneira apaixonada e engajada. “Ela era uma pessoa de causas, que lutava pelo que acreditava. Combateu e denunciou os males e as desigualdades da sociedade paternalista e autoritária, mostrando já no século XIX que as mulheres são capazes de fazer qualquer coisa desde que seja dada a elas oportunidade”.
O prefeito eleito da cidade de Nísia Floresta, Daniel Marinho, participou do lançamento do livro e se comprometeu em trabalhar para evidenciar o legado histórico da filha mais ilustre do município. “A obra de Nísia é lida e estudada no mundo todo, nas melhores universidades europeias e norte-americanas. Se os estrangeiros reverenciam nossa conterrânea, temos que torná-la popular em terras potiguaras, disseminar seus escritos entre os jovens. Estamos focados nesta missão!”, concluiu Marinho.
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