Celebrado nesta quarta-feira (12 de outubro), o Dia das Crianças evoca brinquedos, roupas e até eletrônicos como primeiras opções de presente, conforme mostra a pesquisa de intenção de compras da Fecomércio RN para a data neste ano. Entretanto, um presente que pode ampliar os horizontes do público infantil são os livros. Por todo País, clubes de assinatura de livros infantis fazem sucesso e o momento de apreciar as histórias é, sem dúvida, um tempo de qualidade que os pais passam com as crianças.
Capaz de estimular a imaginação e a criatividade dos pequenos, a leitura é fundamental também para que uma criança desenvolva sua habilidade linguística, aprimore seu vocabulário e suas formas de comunicação, além de ajudá-la a reconhecer as próprias emoções durante todos os seus processos de desenvolvimento.
A pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia da Estácio, Carollini Graciani, destaca que habituar uma criança ao gosto pela leitura começa dentro de casa, por meio do exemplo dos pais, mostrando aos filhos que o livro é um presente. “O melhor momento de interação dos pais com os filhos é reservar uma história para ler antes de dormir. Não só contar a história, mas fazer questionamentos à criança, como qual o título da história, quem é o autor, quem são os personagens, o que entendeu sobre a história”, explica.
Mas na hora de escolher qual livro presentear, é importante atentar para a classificação indicativa da história e o formato da publicação, que deve ser de acordo com a fase de desenvolvimento, como recomenda.
“Para crianças de até três anos são indicados ‘livros-brinquedo’, ‘livros de tecido’, ‘livros de banho’, que estimulem a parte sensorial, com texturas, sons e cores. Bebês param para ouvir histórias contadas com entonação boa e as imagens vão chamar sua atenção. É o primeiro contato com o objeto livro, é o momento de manuseio. Para crianças de 4 a 6 anos são aconselhados livros com frases curtas, muitas imagens e com letras em caixa alta, para facilitar as primeiras tentativas de reconhecer as letras e palavras. Aqui valem também os gibis, que são um importante recurso para a alfabetização“, orienta a especialista.
Segundo a pedagoga, aos sete e oito anos de idade, o ideal são livros com frases mais longas e letras variadas, livros de poesias, contos e fábulas que vão estimular a imaginação e desenvolver temas sobre comportamento, respeito, bom convívio e conscientização. São as famosas histórias com uma moral no final.
Com nove e 10 anos de idade, a criança já está apta a livros que tenham volumes para sequência de leitura, com menos imagem e mais texto, com assuntos que os iniciem no mundo da pré-adolescência.
Carollini aproveita e indica nomes da literatura infantil nacional: “temos uma lista de autores que fazem parte do cotidiano escolar das crianças, como Ana Maria Machado, com “Menina bonita do laço de fita”; Maurício de Sousa, com a Turma da Mônica; Ziraldo, com “O menino maluquinho” e Ruth Rocha, com uma lista extensa de histórias que atendem da Educação Infantil aos anos iniciais do Ensino Fundamental“, exemplifica.
A pedagoga cita ainda alguns clássicos infantis nacionais como “Ou isto ou aquilo“, de Cecília Meireles; “Chapeuzinho amarelo“, de Chico Buarque; e “Meu Pé de Laranja Lima“, de José Mauro de Vasconcelos.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.