O laboratório especializado em segurança digital da PSafe, mais conhecido por dfndr lab, detectou recentemente um crescimento no número de golpes financeiros, cujo objetivo é roubar informações bancárias e de cartão de crédito das vítimas.
Somente no primeiro semestre deste ano, já são mais de 2,3 milhões de detecções desta categoria de golpe, o que representa uma ameaça financeira sendo detectada a cada 6 segundos no Brasil. Algo que preocupa bastante.
Como identificar um golpe financeiro e não cair nele?
Segundo Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, os golpes financeiros são especialmente divulgados através de SMS.
“Costumamos identificar muitos golpes de phishing enviados por SMS, em que o cibercriminoso se passa por um banco solicitando o bloqueio ou desbloqueio de um cartão de crédito através de um link, ou pedindo a confirmação de dados bancários supostamente para bloquear uma compra não autorizada. A vítima, aflita e com medo de estar sofrendo uma fraude, é convencida a informar dados sensíveis que serão utilizados nos golpes”, alerta o diretor.
Os riscos se tornaram ainda maiores desde o início de 2021, quando dados de mais de 100 milhões de assinantes de contas de celulares foram vazados na Dark Web. O alerta foi emitido de forma exclusiva pela PSafe, em fevereiro deste ano, e já destacava que nos bancos de dados encontrados havia informações pessoais que poderiam ser usadas por cibercriminosos para fins escusos.
“Estudando o comportamento dos criminosos ao longo dos anos, antecipamos que poderia haver o uso dessas informações sensíveis em golpes. Se no passado, um banco ligasse para você, dissesse seu nome completo e CPF, você poderia confiar que era realmente alguém do banco ao telefone. Hoje em dia, com os criminosos de posse dessas informações vazadas, é preciso sempre desconfiar e não passar mais dados se não tiver certeza sobre quem está solicitando as informações”, pontua Simoni.
“Quando um novo serviço bancário é lançado, como foi o caso do PIX, os cibercriminosos também aproveitam da popularidade para criar novos ataques. Os golpes com a temática PIX, por exemplo, já tiveram mais de 62 mil acessos e compartilhamentos somente em 2021”, lembra o diretor, afirmando que os cibercriminosos estão sempre se reinventando.
Riscos ao cair no golpe
Simoni esclarece ainda o prejuízo para a vítima dos golpes financeiros: “Quando a vítima informa seus dados no link malicioso, ela fica vulnerável ao roubo dessas informações pessoais, que podem ser usadas pelo cibercriminoso para realizar compras virtuais, a assinar serviços online e até para abrir contas em bancos. Outro problema é quando a vítima compartilha o falso site com seus contatos, ela torna-se um vetor de disseminação do golpe, o que garante aos cibercriminosos um crescimento acelerado dos ataques”.
A PSafe elencou algumas dicas para você se proteger e não cair nesses golpes:
1 – Os SMS são os principais meios utilizados para disseminar golpes financeiros. Utilize soluções de segurança no celular, como o dfndr security, que disponibilizam proteção em tempo real contra links maliciosos compartilhados através de SMS, WhatsApp, Facebook Messenger e no navegador.
2 – Tenha cuidado ao clicar em links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais. Nunca informe dados bancários em sites ou aplicativos dos quais desconhece a procedência.
3 – Não compartilhe links de procedência duvidosa. Na dúvida sobre se um link é de fato seguro, realize a checagem gratuita no site do dfndr lab.
4 – Evite utilizar redes Wi-Fi públicas ou sem senha para realizar transações financeiras.
Mais recentemente, o INSS alertou para tentativas de golpe envolvendo revisões de benefícios.
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