A situação na península coreana está novamente entrando “na fase grave do conflito” por causa de Washington e Seul, disse na segunda-feira um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, citado pela agência KCNA.
“Por causa dos exercícios de guerra que os Estados Unidos e seus satélites orquestram quase todos os dias este ano, a península coreana se tornou o ponto mais quente com a pior tensão militar do mundo e a atmosfera de segurança regional”, destacou o porta-voz. Ele acrescentou ainda que Washington, agravando a situação na região, “tenta causar as contramedidas da RPDC” e, assim, “atribuir a nós a responsabilidade pelo agravamento da situação”.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, as manobras militares iniciadas pelos EUA e seus aliados visam preparar o terreno para uma guerra nuclear contra Pyongyang. Além disso, disse que os EUA são “o único país que tem como principal objetivo da estratégia nuclear o fim do poder do Estado soberano”. No entanto, Washington “pagará o preço equivalente se tentar usar armas contra a RPDC” porque a Coreia do Norte está pronta “para implementar todas as medidas necessárias para se defender contra a ameaça militar do exterior [salvaguardando] a soberania do Estado, a segurança do povo e a integridade territorial”.
“Se os EUA não querem uma situação grave que não seja do seu interesse de segurança, devem parar imediatamente com os tumultos inúteis, caso contrário serão responsáveis por todas as consequências”, concluiu.
Nesta segunda-feira, os EUA e a Coreia do Sul iniciaram os exercícios aéreos Vigilant Storm, que durarão até sexta-feira. Estes são os primeiros exercícios de grande escala em quase 5 anos entre Washington e Seul.
Resposta “sem precedentes”
Na última quarta-feira (26), os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul alertaram que um sétimo teste nuclear de Pyongyang pode garantir “uma escala de resposta sem precedentes” para combater o que os três aliados veem como uma ameaça iminente da Coreia do Norte à segurança global, informou a Reuters.
“Concordamos que uma escala de resposta sem precedentes seria necessária se a Coreia do Norte avançasse com um sétimo teste nuclear”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun-dong, em entrevista coletiva em Tóquio, que também contou com a presença do vice-ministro de Relações Exteriores do Japão, Takeo Mori, e a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman.
Washington e seus aliados acreditam que a Coreia do Norte pode estar prestes a retomar os testes de bombas nucleares pela primeira vez desde 2017.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.