A pandemia de Covid-19 continua a evoluir, e uma nova subvariante do vírus, conhecida como Arcturus (XBB.1.16), está chamando a atenção dos cientistas e profissionais de saúde em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica Arcturus como uma “variante de interesse”, e ela se destaca por estar associada a casos de conjuntivite, uma inflamação do olho comumente conhecida como “olho rosa”.
Neste artigo, exploraremos o que se sabe sobre essa variante e o que a torna única.
O surgimento de Arcturus
Arcturus é uma subvariante da Ômicron, que surgiu no final de 2021 e rapidamente se tornou a variante dominante em muitos países. A nova subvariante foi detectada pela primeira vez na Índia e já se espalhou para outras regiões, incluindo o condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, e São Paulo, no Brasil. Até o momento, Arcturus não foi classificada como uma “variante de preocupação”, mas a OMS e outras agências de saúde pública estão monitorando de perto sua propagação e seus possíveis impactos na saúde global.
Conjuntivite: o sintoma distintivo de Arcturus
O que diferencia Arcturus das outras variantes do coronavírus é a prevalência de conjuntivite entre os infectados. A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, a membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira, lacrimejamento e, em alguns casos, secreções ou crostas ao redor dos olhos. A condição pode ser altamente contagiosa, transmitida pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada.
Embora a conjuntivite já tenha sido relatada em cerca de 3% dos casos de Covid-19, sua prevalência parece ser muito maior entre os infectados com Arcturus. Essa descoberta levou os cientistas a investigarem se a variante pode ser transmitida por meio de fluidos oculares, além das vias aéreas comumente associadas à propagação do vírus.
Impacto das vacinas e precauções
A boa notícia é que, até o momento, a comunidade científica acredita que as vacinas disponíveis continuam a fornecer proteção robusta contra a subvariante Arcturus, assim como contra a Ômicron. No entanto, pessoas vulneráveis, como idosos e imunossuprimidos, devem exercer maior cautela devido ao potencial de maior transmissibilidade da variante.
As autoridades de saúde pública estão aconselhando o público a continuar praticando as precauções padrão contra a Covid-19 para retardar a propagação de Arcturus. Isso inclui higienizar as mãos, usar máscaras em determinados locais e seguir as recomendações de saúde. Além disso, é importante estar atento a possíveis sintomas de conjuntivite e procurar atendimento médico se necessário, para garantir um diagnóstico e tratamento adequados.
Pesquisas em andamento
Cientistas ao redor do mundo estão conduzindo pesquisas para entender melhor a subvariante Arcturus e seu impacto na saúde pública. Estudos estão sendo realizados para determinar se a variante apresenta maior risco de gravidade da doença, bem como para investigar sua capacidade de escape imunológico em comparação com outras variantes da COVID-19.
Além disso, pesquisadores estão buscando esclarecer o mecanismo pelo qual Arcturus parece causar conjuntivite com mais frequência do que outras variantes do vírus. Isso pode ajudar a desenvolver estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para aqueles afetados pela variante.
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