A Petrobras, uma das maiores empresas estatais do Brasil, aprovou um aumento salarial de 43,88% para sua diretoria, presidente e conselheiros – segundo apurou o Estadão/Broadcast. A medida foi aprovada em uma reunião do Conselho de Administração da empresa e será submetida à Assembleia Geral de Acionistas em abril.
O aumento será aplicado sobre a remuneração fixa, e se aprovado, elevará o salário do presidente da empresa (Jean Paul Prates), atualmente em torno de R$ 116 mil, para quase R$ 167 mil por mês. Segundo a Petrobras, o aumento é justificado pelos bons resultados obtidos pela empresa e pela defasagem salarial em relação ao mercado.
Segundo o Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais (RAEEF) de 2022, que traz informações sobre o exercício de 2021, a remuneração anual da diretoria e do presidente da empresa ficou pouco acima de R$ 3 milhões por ano, equivalente a quase R$ 250 mil reais por mês se considerado o salário fixo, gratificações, participação de lucros e resultados.
A empresa afirmou que a remuneração da diretoria estava congelada desde 2016, o que agravou a diferença salarial em relação a outras empresas. Além disso, a Petrobras argumentou que os salários atuais do presidente e diretores são menores do que os de seus pares em outras companhias.
No entanto, o aumento tem sido alvo de críticas por parte da população e de alguns setores políticos, especialmente em um momento em que o país enfrenta altas taxas de desemprego e inflação. Como empresa estatal, a Petrobras tem uma participação significativa do governo em suas operações, o que intensifica ainda mais o debate sobre o reajuste salarial.
Ainda assim, a Petrobras sustenta que a medida é necessária para manter a competitividade da empresa no mercado e atrair e reter talentos. A decisão foi tomada pelos membros que estão deixando o Conselho de Administração, com os beneficiários se abstendo de votar.
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