O feedback construtivo é uma das ações formativas que mais impactam na prática de sala de aula, segundo o relatório “Formação Continuada de Professores no Brasil“, do Instituto Ayrton Senna e do The Boston Consulting Group. Avaliar os educadores com imposição de mudanças, porém, não é a forma ideal de fazê-lo. A prática, para ter resultados efetivos, deve ser trabalhada com metodologia que direcione os professores ao desenvolvimento. Pioneira em ensino reflexivo, a Kanttum disponibiliza ferramentas e mentorias para a educação continuada no programa SerProf para Escolas (www.serprof.com.br/paraescolas) e revela cinco pontos-chave para um processo efetivo.
“Muitos professores têm uma barreira em relação a serem observados por seus gestores, por acreditarem que o viés avaliativo vai ameaça-lo em vez de auxiliá-lo. O propósito não é a fiscalização da aula, mas, sim, o investimento na formação dele, para que ele possa melhorar“, diz Luciana Ferruzzi, líder dos serviços de mentoria do SerProf. A valorização do educador e a autorreflexão são pilares para o sucesso. Confira:
1 – Autorreflexão
O professor tem papel ativo, afinal é o agente da mudança que vai refletir na aprendizagem dos alunos. “A virada de chave é a autorreflexão, o amadurecimento do olhar do educador. Ele olha para si com certo distanciamento e recebe o olhar externo para complementar a percepção“, diz Luciana
2 – Valorização
É fundamental levantar os pontos fortes do corpo docente, descobrir e demonstrar onde cada um já se sai bem e trazer lacunas que ele pode desenvolver melhor. Assim ele compreende como potencializar o que já faz com qualidade e como melhorar outras áreas
3 – Observador externo
Quando a mentoria é feita por uma pessoa de fora, o educador se sente mais à vontade, mais aberto aos feedbacks. “Faz uma diferença enorme. Quando é um superior da escola, como um coordenador, ele já fica tenso e com receio de uma possível cartinha de demissão. E para os gestores também é positivo, afinal, com tantas funções, eles não costumam ter tempo para fazer um acompanhamento de perto“, diz a especialista do SerProf
4 – Troca de experiências
O mentor traz sua própria experiência de sala de aula para agregar, com uma linguagem dialogada para criar um relacionamento de parceria com o professor. Quando ele diz ‘eu experimentei essa prática e funcionou. Você acha que em seu contexto funcionaria também?’, ele mostra que é uma relação de troca, um ombro amigo para compartilhar vivências e encontrar as melhores soluções juntos
5 – Apoio para desenvolvimento
Para ajudar o educador a, de fato, trabalhar os aspectos a serem desenvolvidos, a devolutiva deve ser prática, com sugestões direcionadas. “A gente sabe que a rotina do professor é atribulada, então já oferecemos indicações de materiais que ele precisa, como links diretos para cursos ou para conteúdo na própria plataforma“, conta Luciana.
Na mentoria do SerProf para Escolas, o professor grava uma aula convencional, se assiste e inicia a autorreflexão. Em seguida, um profissional capacitado mentoreia a aula e produz a devolutiva com a valorização das qualidades e um ou dois pontos de melhoria a serem priorizados – com sugestões e recursos para ajudarem na formação. O processo reúne as recomendações indicadas pelo estudo do IAS e do BCG como possíveis caminhos para a educação brasileira – campanhas para a valorização da capacitação, estruturação de ciclos de avaliação e acompanhamento e desenvolvimento.
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