Cientistas japoneses descobriram que as libélulas têm a melhor visão no reino animal. Para se ter uma ideia desta “melhor visão do reino animal”, enquanto os seres humanos podem ver as cores como uma combinação de vermelho, azul e verde, o inseto tem até 33 tipos diferentes de proteínas sensíveis à luz, o que significa que ele pode ver mais cores e detalhes. As informações são do Daily Mail.
Pesquisadores da Universidade de Agricultura de Tóquio, Sokendai, Universidade Kitasato e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial (AIST) em Tsukuba, Japão, estudaram os olhos compostos de 12 espécies de animais. Eles descobriram que as libélulas têm entre 15 e 33 genes opsina – “um número extraordinário”, que lhes permite ver em detalhes incríveis. As proteínas opsinas são sensíveis à luz encontrados nas retinas dos seres humanos e animais.
Em comparação, os seres humanos têm visão tricromática, o que significa que vêem em vermelho, azul e verde, graças a três opsinas. Cada tipo de opsina absorve uma cor de luz no espectro e os diferentes comprimentos de onda da luz refletida de objetos se misturam, o que nos permite ver cerca de 10 milhões de cores diferentes. A visão tricromática é comum entre mamíferos, aves e outros animais, incluindo insetos, relata o estudo publicado na revista PNAS.
O estudo também revela que as libélulas usam diferentes opsinas em momentos diferentes em suas vidas. Por exemplo, as larvas de algumas espécies que eclodem na areia tendem a falta de opsinas azuis, porque a luz azul não os alcança facilmente, relatou o New Scientist.
Embora seja impossível para os cientistas ver o mundo através dos olhos de uma libélula, os pesquisadores acreditam que os insetos são, provavelmente, capazes de ver mais cores do que os humanos. Estudos anteriores mostraram que cada um dos olhos de uma libélula são feitos de até 30.000 facetas, que contêm as opsinas. Cada faceta pontos numa direção ligeiramente diferente, permitindo que as libélulas vejam em todas as direções ao mesmo tempo. Os elementos sensores visuais, juntos, produzem um mosaico de “imagens” que são integrados no cérebro do inseto.
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