O Centro de Engenharia e Segurança da NASA (NESC) publicou seu relatório técnico anual de 2024, destacando avanços em segurança e projetos espaciais. O documento sumariza as atividades técnicas, desenvolvimentos de engenharia e esforços de captura de conhecimento realizados no ano fiscal de 2024. O relatório enfatiza o trabalho independente realizado em projetos de alto risco da NASA, com o objetivo de garantir a segurança e o sucesso das missões. Timmy R. Wilson, diretor do NESC, expressou sua satisfação em compartilhar os resultados, ressaltando a diversidade e a colaboração das equipes envolvidas. Todos os produtos de conhecimento do NESC estão disponíveis em nasa.gov/nesc.
O relatório inclui avaliações técnicas solicitadas por stakeholders, boletins técnicos e técnicas inovadoras resultantes desse trabalho. Diversos Fellows Técnicos da NASA contribuíram com resumos de suas realizações em suas respectivas disciplinas. O documento também apresenta uma análise sobre o desenvolvimento de aviônicos para sistemas críticos em missões espaciais tripuladas, focando nas dificuldades encontradas em garantir a segurança de sistemas aviônicos em programas como Orion, Space Launch System, Gateway, Human Landing System, e programas de atividades extraveiculares e mobilidade na superfície lunar.
Um dos pontos chave abordados no relatório é a especificação da hipótese de falha (FH) para arquiteturas de aviônicos em naves tripuladas. A FH resume as suposições dos projetistas sobre o tipo, número e persistência de falhas de componentes, classificando as falhas em toleráveis e intoleráveis. O documento descreve a categorização de falhas em dois grandes grupos: falhas de valor (dados faltando ou incorretos) e falhas de tempo (dados produzidos no momento errado). Falhas de tempo são subdivididas em ativação inadvertida, falhas fora de ordem e falhas de tempo marginal, podendo ser simétricas ou assimétricas. O processo de qualificação humana da NASA exige a mitigação de cada um desses modos de falha, caso possam resultar em efeitos catastróficos. Para mais informações, consulte o relatório NASA/TM−20240009366.
Outro estudo apresentado no relatório trata de casos de teste 6DOF (seis graus de liberdade) para modelos de aeronaves/espaçonaves, expandindo os casos de teste baseados na Terra para incluir casos baseados na Lua, utilizando 8 ferramentas de simulação da NASA de alta fidelidade para validação de simulações que suportam os Sistemas de Pouso Humano. O relatório também detalha um modelo analítico para prever a difusão entre dois gases durante a purgação a pistão de tanques de hidrogênio líquido (LH2), mostrando como um método inovador resultou em economia significativa de hélio em um tanque de LH2 de 1,3 milhão de galões no Kennedy Space Center (KSC). Este modelo também identificou mistura turbulenta indesejada em purgas de tanques externos do ônibus espacial e é aplicável a purgas futuras de tanques de LH2 do estágio central do Space Launch System. A utilização de um sensor de gás binário permitiu o monitoramento em tempo real do processo de purga, otimizando o uso de hélio.
Finalmente, o relatório aborda as considerações para o uso de software autônomo de terminação de voo (AFTS) em veículos de lançamento tripulados. O uso de AFTS em missões tripuladas requer considerações adicionais em comparação com missões não tripuladas, principalmente em relação à tolerância a falhas e à segurança da tripulação. O relatório destaca as diferenças entre os sistemas AFTS para missões tripuladas e não tripuladas e oferece diretrizes para a certificação de software AFTS para missões tripuladas, focando na arquitetura de software CASS.
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