Nesta quinta-feira, 17 de outubro, o céu nos reserva um dos fenômenos mais aguardados do ano: a superlua. O satélite natural da Terra estará em sua fase cheia e parecerá maior e mais brilhante do que o habitual, pois atingirá o perigeu, o ponto em que sua órbita elíptica a coloca mais próxima do nosso planeta. Para aqueles que tiverem a sorte de contar com um céu limpo, será possível observar essa lua cheia iluminando a noite com uma intensidade impressionante.
A Lua estará a cerca de 357.364 quilômetros da Terra, uma proximidade significativa em relação à sua distância média de 384.400 quilômetros. Esse alinhamento entre a Terra, o Sol e a Lua ocorre quando a face visível do satélite é iluminada por completo.
Mesmo com esse espetáculo astronômico, é importante lembrar que o tamanho da Lua não muda de fato, o que gera a impressão de maior dimensão é o ângulo de observação do fenômeno.
A origem do termo “Superlua”
O termo “superlua” não possui base científica, conforme explica a astrônoma do Observatório Nacional Josina Nascimento. Ele foi criado em 1979 por Richard Nolle, um astrólogo que publicou a definição na revista Dell Horoscope, hoje extinta. O conceito de “super” se aplica a uma lua cheia ou nova que ocorre quando o satélite está em seu perigeu ou a até 90% dessa proximidade. Ainda assim, não há consenso sobre o porquê dessa delimitação específica. Por isso, instituições astronômicas divergem quanto à definição exata de superlua, o que torna a categorização desse fenômeno variável entre os especialistas.
De acordo com Josina Nascimento, “a superlua pode acontecer de uma a seis vezes por ano e pode ocorrer tanto na fase cheia quanto na nova“. Isso se deve à órbita elíptica da Lua, o que faz com que ela ora se aproxime da Terra (perigeu), ora se afaste (apogeu).
Nascimento acrescenta que, durante o fenômeno, “os observadores poderão notar uma lua mais brilhante que o habitual“. Ela ainda reforça que o evento será visível em todas as partes do mundo, desde que as condições meteorológicas permitam.
Quando e onde observar?
Todas as luas cheias surgem no horizonte a leste logo após o pôr do Sol, enquanto o astro-rei desaparece a oeste. A Lua ficará visível ao longo de toda a noite, proporcionando um espetáculo noturno para quem se dispuser a contemplá-la.
Para uma melhor visualização, o ideal é se afastar de centros urbanos e de áreas com poluição luminosa, onde a luz artificial pode prejudicar a apreciação da luminosidade intensa da superlua.
Superluas de 2024
Este ano já nos presenteou com uma superlua em 19 de agosto, quando o satélite estava a 361.900 quilômetros da Terra. A próxima e última superlua de 2024 está prevista para o dia 15 de novembro, quando a Lua atingirá a distância de 361.867 quilômetros. No entanto, o fenômeno desta quinta-feira será o mais especial do ano, pois será a superlua mais próxima de 2024.
Mesmo sendo um termo popularizado recentemente e sem consenso científico, o fenômeno desperta interesse por sua beleza visual e pelas condições em que ocorre. Os observadores mais atentos perceberão que, apesar da impressão de maior tamanho, o diâmetro da Lua não se altera. A diferença está no efeito visual causado pela proximidade do satélite com a Terra.
Se você está se preparando para admirar o espetáculo, a recomendação é escolher locais afastados de grandes centros, onde a interferência da iluminação urbana seja mínima. Quanto mais escuro o local, mais impressionante será a visão da superlua.
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