Nesta quarta-feira (12), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania iniciou a discussão do parecer do relator da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ).
No início da reunião, os deputados tiraram dúvidas sobre o procedimento, e o presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), alertou que não deveria haver obstrução.
O primeiro a falar em defesa de Temer foi o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Para ele, não houve problemas no encontro com Joesley Batista à noite, mas sim na delação do empresário que deu origem à denúncia. “O governo dos EUA deu dez anos para que empresas devolvessem dinheiro, mas a Procuradoria-Geral da República deu 25 anos à J&F. Qual foi o preço? Um gravador com a conversa do presidente Temer”, disse.
Pela aceitação da denúncia, o primeiro a falar foi o deputado Wadih Damous (PT-RJ). “Esse é um juízo de oportunidade, se é politicamente viável, ou se o presidente está sendo perseguido injustamente pelo Ministério Público? Não é o caso, é uma denúncia real”, afirmou.
Parecer
O texto de Zveiter, lido na segunda-feira (10), recomenda a admissibilidade da investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia por crime de corrupção passiva (SIP 1/17) contra Temer.
A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas, para que o Supremo analise o caso, é preciso autorização da Câmara.
Na segunda-feira, após a leitura do parecer, a CCJ ouviu o advogado de Temer, Antonio Mariz de Oliveira.
Por acordo, todos os 122 integrantes da comissão (suplentes e titulares) e mais 40 deputados não membros devem falar na CCJ. A discussão pode durar até 40 horas.
Da Agência Câmara Notícias
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