A Polícia Federal (PF) cumpriu na noite desta quinta-feira (21) o mandado de prisão contra o ex-jogador Robinho, após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, na quarta-feira (20), decidiu que ele deverá cumprir no Brasil a pena que recebeu na Itália por estupro coletivo. Mais cedo, o STJ enviou à Justiça Federal em Santos o pedido de execução da prisão.
A defesa de Robinho havia entrado com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a prisão até que todas as possibilidades de recurso se esgotassem, mas o ministro Luiz Fux, sorteado como relator, rejeitou a solicitação.
Após a prisão, os passos seguintes são o exame de corpo de delito e a audiência de custódia, seguida do encaminhamento à penitenciária.
Não há previsão de passagem por centro de detenção provisória, já que a ordem diz respeito a uma sentença transitada em julgado (esgotando todas as instâncias), ainda que em outro país.
Por motivos de segurança, a penitenciária de destino não é divulgada antes da chegada do preso à unidade. Havia a expectativa, porém, de que ele fosse levado para o presídio de Tremembé, que tradicionalmente abriga presos “de alto perfil”. Com a prisão, começa a contar o cumprimento da pena de nove anos em regime inicialmente fechado.
Em janeiro de 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de Robinho e seu amigo Ricardo Falco por violência sexual em grupo contra uma vítima albanesa.
Como o Brasil não extradita seus próprios cidadãos, a justiça de Roma pediu que o ex-atacante cumprisse pena em seu país.
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