A realização do inquérito sorológico no Rio Grande do Norte segue um padrão de trabalho no enfrentamento à pandemia. O trabalho serve para identificar a quantidade de pessoas infectadas pelo coronavírus no estado e mostrar o comportamento da pandemia em todas as regiões do estado, norteando as ações de vigilância epidemiológica feitas pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) em parcerias com os municípios. Diversos estados fizeram pesquisas semelhantes ao longo de 2020 e 2021, como São Paulo, Espírito Santo, Maranhão e Paraíba, alguns locais destes fazendo mais de uma pesquisa ao longo dos meses.
A pesquisa foi finalizada e apresentada ao público no dia 12 de março de 2021 e mostrou dados que, entre outros pontos, reforçam a importância do distanciamento social. Segundo a pesquisa com mais de 20 mil potiguares, a prevalência do vírus entre os que não adotaram o distanciamento social é significativamente maior (12,7%) em comparação com os que adotaram total ou parcialmente (7,2%).
O processo de planejamento do inquérito sorológico do RN foi iniciado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no mês de julho de 2020, como pode ser consultado no processo SEI n° 00610682.000050/2020-48. A contratação do Instituto Piauiense de Opinião Pública foi feita dentro da previsão legal disposta na lei n° 13.929/2020, no decreto estadual n° 29.513/2020 e a Lei de Licitações (n° 8666/1993)
Os resultados da pesquisa, realizada ao longo de todo o mês de janeiro em oito municípios potiguares, foi apresentada em coletiva de imprensa realizada no dia 12 de março de 2021. As projeções populacionais feitas pelo estudo apontam que 230 mil pessoas no Rio Grande do Norte já tiveram contato com o coronavírus.
Foram analisados oito municípios com sede de regionais de saúde no Estado: Pau dos Ferros, Mossoró, Assú, Natal, João Câmara, São José do Mipibu, Santa Cruz e Caicó. No total, 20.234 pessoas no estado foram entrevistadas e examinadas com testes rápidos. Foram contratados 160 pesquisadores que atuaram em campo.
Os resultados apontaram que 6,5% da população investigada apresentou anticorpos para a Covid-19. As maiores prevalências foram em Caicó (12,3%) e Pau dos Ferros (12,7%) e a menor em São José de Mipibu (5,3%).
As maiores prevalências aparecem nos grupos etários acima de 45 anos. Com relação ao sexo, as prevalências são praticamente iguais. Em relação à raça/cor autorreferida, a prevalência é maior em negros (6,9%) em comparação com brancos (5,6%).
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