A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu no município de São José do Mipibu, na tarde desta segunda-feira (4), o suspeito de assassinar Maria Fernanda da Silva Ramos, de apenas 12 anos, em um crime que chocou a população.
O homem de 35 anos confessou o homicídio em depoimento e alegou ter se encontrado com a vítima na última quinta-feira (31 de outubro), dia em que desapareceu, sob a pretensão de um encontro “para namorar”.
A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, deu mais detalhes sobre o caso. De acordo com ela, o suspeito relatou que conheceu a menina na rua, enquanto trabalhava na região. “Segundo ele, marcaram um encontro para namorar, ele a conheceu na rua, estava fazendo um trabalho lá, foi assim que conheceu Maria Fernanda e começaram uma paquera, um namoro e ele a convidou para sair”, explicou a delegada.
No depoimento, o suspeito afirmou que, após o início de um relacionamento com Maria Fernanda, marcaram o encontro para quinta-feira, às 12h30. Durante o encontro, ele relatou que houve relações sexuais, mas alegou que, por motivos ainda sob investigação, ocorreu um desentendimento entre ambos, que resultou na morte da menina. O homem confessou ainda que, após o crime, ateou fogo no veículo utilizado para fugir, numa tentativa de encobrir o ato.
O corpo de Maria Fernanda foi localizado em uma área de mata em Extremoz, na região metropolitana de Natal, após operações intensivas realizadas pela Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
Nota da Polícia Civil e repercussão pública
A Polícia Civil emitiu uma nota oficial, expressando solidariedade aos familiares de Maria Fernanda. “Seguimos empenhados em esclarecer todos os detalhes do caso e assegurar que a justiça seja realizada. Reiteramos nosso compromisso com a segurança pública e nossa solidariedade aos familiares neste momento de profunda dor”, declarou a corporação.
O caso gerou grande mobilização na comunidade. Durante o fim de semana, familiares e amigos de Maria Fernanda organizaram um protesto em São Gonçalo do Amarante, exigindo rapidez nas investigações e mais informações sobre o paradeiro da jovem. Com a prisão e a confissão do suspeito, a Polícia Civil agora concentra seus esforços em apurar as circunstâncias e as reais motivações para o crime.
O corpo da jovem será velado nesta terça-feira (5), às 17h, na ONG Educar Golodim, em São Gonçalo do Amarante, onde familiares e amigos poderão prestar suas últimas homenagens.
Com base no Código Penal brasileiro, o suspeito pode enfrentar acusações de homicídio qualificado e estupro de vulnerável, crimes que, juntos, podem somar penas que chegam a até 30 anos de prisão.
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