Uma nova atualização dos dados epidemiológicos do coronavírus no Rio Grande do Norte confirma que há, nesta sexta-feira, dia 15 de maio, um total de 350 pacientes internados em leitos de UTI, semi-uti e enfermaria para assistência à Covid-19 nas redes pública e privada.
“Apesar de todos os esforços para abertura de novos leitos, é um número muito alto. Estamos vivenciando uma pressão acima do projetado na ocupação de leitos críticos”, avaliou Petrônio Spinelli, secretário adjunto de Saúde do Estado, durante entrevista coletiva na Escola de Governo, em Natal.
O secretário informou que a segunda semana de maio se encerra com taxa de ocupação de leitos melhor que a semana anterior. Mas isto ocorre em função da abertura de novos leitos, não por redução do número de casos. “Todo dia aumenta o número de internados. A situação hoje é menos ruim que sexta-feira passada, mas ainda é muito grave”, disse.
A gravidade se dá devido ao baixo isolamento social. Ontem foi de apenas 42,34%, índice muito aquém do ideal que seria, no mínimo, de 60%.
O Hospital Rio Grande, da rede privada em Natal e contratado pelo Governo do Estado para atendimento ao SUS, está com 100% de ocupação dos leitos. Em Natal, o Hospital Municipal, administrado pela Prefeitura, tem 100% de ocupação dos leitos críticos, clínicos e de estabilização. Na Região Metropolitana de Natal a taxa de ocupação é de 88,8%.
A taxa de ocupação de leitos Covid-19 na região Oeste, nesta sexta-feira, chegou a 80%. Em Pau dos Ferros não há internações. Já no Seridó, em Caicó, a taxa de leitos ocupados é de 61%.
Nesta sexta-feira, 15, a fila de regulação para internações tem dois pacientes com prioridade 1 (UTI), seis pacientes com prioridade 2 (semi-uti) e 38 pacientes com prioridade 3 (leitos clínicos e enfermaria).
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) mostra que hoje o RN tem 8.988 casos suspeitos, 2.786 confirmados, 7.052 descartados, 122 óbitos confirmados e 61 óbitos em investigação.
Os registros da Sesap apontam que dois indígenas vieram a óbito. Spinelli alerta que indígenas, quilombolas e populações vulneráveis, como moradores de rua, são do grupo de risco e devem ter maior acompanhamento da atenção básica em saúde e da assistência social, serviços que são de responsabilidade dos municípios.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.