No Rio Grande do Norte, cerca de 24,4% dos estudantes de 6 a 17 anos não tiveram atividades escolares disponibilizadas. Este é o segundo maior percentual entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia (28,7%). Esse percentual é bem acima da média da região (15,8%).
O Ceará foi o estado nordestino com o percentual mais baixo de não disponibilização de atividades durante o período não presencial (3,3%). Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE.
Além disso, 14,8% dos estudantes potiguares naquela faixa etária dedicaram menos de 1h para realizar as atividades escolares diárias. No que se refere ao máximo de tempo evidenciado na pesquisa, 5 horas ou mais, o Piauí registrou os estudantes com maior percentual (10,5%). No Nordeste como um todo, o período de tempo mais despendido é o entre 2h e menos de 5h com 48,4% de respostas.
40% das escolas públicas não dispõem de pia em condições de uso e acesso a sabão
O percentual de escolas no RN que dispunham de pia em condições de uso e acesso à sabão foi de 66,5%, contudo é relevante destacar como esse número foi influenciado pela desproporcionalidade entre a rede pública e privada.
Na rede pública, apenas 60,3% contam com essa estrutura básica, enquanto que na rede privada 97,2% possuem pia em condições e acesso à sabão. No Nordeste, toda a rede particular obteve valores acima de 94%, enquanto que na rede pública apenas superou os 70% o Maranhão (76,1%). Dois estados dispunham na rede pública de menos da metade das escolas com acesso a esse recurso: Bahia (44,4%) e Pernambuco (49,2%).
Computador e acesso a internet
No que diz respeito ao acesso à internet, apenas 38,4% dos estudantes de 13 a 17 anos das escolas públicas potiguares possuem computador e acesso à internet – maior percentual do Nordeste. No caso das escolas particulares do RN, este percentual é de 85,8%.
Este cenário mostra como o acesso à rede mundial de computadores é um desafio para a adoção de estratégias de ensino remoto no estado. Demonstra, também, como essas restrições de acesso podem ter aprofundado a desigualdade na educação básica do país.
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