De olho nas vantagens de ingressar na quarta revolução industrial, o SENAI elaborou um projeto que ajuda pequenas e médias empresas a darem os primeiros passos rumo à evolução. Ainda em fase de implantação, o projeto denominado Indústria Mais Avançada conta com a participação de 56 empresas espelhadas pelo país, inclusive no Rio Grande do Norte.
O propósito é espalhar sensores pela fábrica para identificar falhas em qualquer lugar da linha de produção. Isso, segundo o diretor Regional do SENAI no estado, Emerson Batista, permitirá uma ação rápida do responsável no casso de detecção de algum problema.
Batista afirma ainda que o país está atrasado em relação à indústria 4.0. E, com esse projeto, ele espera que outras empresas criem interesse por investir em novas tecnologias. “Muitas empresas ainda analisam não como investimento, mas como custo. Então a quebra dos paradigmas é um trabalho de suma importância.”
Para o gerente executivo de Política Industrial da Confederação da Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Gonçalves, investir nessas novas tecnologias é fundamental, avisto que sem isso, as empresas não vão atingir um bom nível de competitividade. “Avançar rapidamente não é uma opção, é uma absoluta necessidade para a indústria brasileira. A gente tem uma série de desafios e vários deles passa, por questões sistêmicas”, diz João Emílio.
As principais tecnologias envolvidas na Indústria 4.0 são: robótica avançada, manufatura híbrida, big data, impressão 3D, computação em nuvem, inteligência artificial, sistemas de simulação virtual e internet das coisas.
Outros projetos
A chegada do movimento 4.0 no Brasil implica na necessidade de implementação das novas tecnologias digitais na maneira do produzir. Por isso, além do programa Indústria Mais Avançada, as pequenas e médias empresas também têm a opção de conhecer outros projetos. O Brasil Mais Produtivo (B+P) é um deles.
O programa também oferece consultoria para introduzir técnicas da Manufatura Avançada/Indústria 4.0 a pequenas e médias empresas brasileiras. O programa, já atendeu três mil empresas de todas as regiões brasileiras.
Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), as empresas que participaram, em 2017, alcançaram um aumento médio de produtividade de 52,09% nas linhas de produção.
Outra forma de os empresários ficarem por dentro dos novos modelos de produção é participando do Senai 4.0. O projeto disponibiliza uma série de soluções e serviços relacionados à Indústria 4.0.
O trabalho é estruturado em três fases. A primeira consiste na difusão dos conceitos através de encontros presenciais e cursos gratuitos. Nessa etapa, a ideia é possibilitar o melhor entendimento das oportunidades de melhorias.
O próximo passo se refere à construção de um plano de ação com uma trajetória objetiva de utilização dos conceitos e tecnologias da Indústria 4.0. Já na última fase, o SENAI oferece espaços para as empresas terem acesso à informação e ambientes neutros para realização de testes e compartilhamento dos resultados.
Propostas da indústria
Diante da necessidade de os avanços tecnológicos da Indústria 4.0, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) encaminhou uma série de propostas aos candidatos à Presidência da República.
O documento contém medidas de apoio à modernização industrial e aplicação de novas tecnologias digitais no dia a dia das empresas. O objetivo é melhorar a infraestrutura de telecomunicação e desenvolvimento de estratégias para a formação e qualificação profissional. As propostas fazem parte do documento Propostas da Indústria para as Eleições.
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