A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta segunda-feira (04), 80 pessoas em operação, incluindo 28 funcionários do Porto de Santos, em São Paulo, que facilitavam a entrada das drogas no país. As facções criminosas, que atuam em presídios brasileiros, estavam envolvidas no esquema de tráfico de drogas internacional que ocorria, principalmente no porto. Entre as facções envolvidas no caso está o Primeiro Comando da Capital (PCC). Cerca de 820 policiais federais participaram da operação.
De acordo com o delegado da PF, Rodrigo de Campos Costa, a droga era produzida em países que faz fronteira com o Brasil, como Colômbia, Peru e Bolívia. “Era trazida por caminhões, aviões ou helicópteros. Depois, a critério da organização criminosa, era remetida para o Porto de Santos”, disse.
Segundo informações do site G1, os grupos compravam e estocavam as drogas em São Paulo e as transportavam para Santos, de onde eram exportadas para diversos países da Europa. De acordo com a PF, a cocaína chegava à Europa com um valor que poderia variar de 25 mil a 30 mil euros o quilo.
Em um ano, o grupo traficou mais de seis toneladas de cocaína pura para a Europa, segundo as investigações da polícia.
A forma que os criminosos atuavam, facilitava o envio o navio. Uma delas era estocar as drogas dentro dos contêineres, dentro do próprio terminal. Alguns criminosos ainda estocavam a droga no momento do levantamento da carga no navio, quando a fiscalização era menos rigorosa.
Das oitenta prisões, 77 são preventivas e três temporárias. Ainda segundo o site, os presos serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) Pinheiros.
O objetivo da operação era cumprir 190 mandados de busca e apreensão, 120 de prisão preventiva (sem prazo para terminar) e sete de prisão temporária (com prazo de cinco dias) nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Foi realizada pela PF 14 apreensões de cocaína nos portos de Santos, Salvador e Itajaí (SC), além de alertar autoridades para que interceptassem carregamentos que já haviam sido remetidos aos portos de Antuérpia (Bélgica), Shibori (Inglaterra), Gioia Tauro (Itália) e Valencia (Espanha). Essas apreensões totalizaram outras 5,9 toneladas de cocaína pura que deixaram de abastecer o tráfico europeu.
A polícia deu inicio as investigações em agosto de 2016, após cooperação policial internacional entre a PF e o DEA (agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas) durante cinco apreensões de cocaína realizadas entre os meses de agosto de 2015 e julho de 2016 (três realizadas no porto de Santos e duas em porto na Rússia, vindas de Santos).
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