Desde a descoberta da expansão acelerada do universo, cientistas têm procurado explicar o que a está causando. A teoria mais aceita é que existe uma forma de energia escura, desconhecida, que está causando a expansão acelerada.
No entanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) propõe uma nova explicação para a expansão acelerada do universo.
A expansão do Universo
A Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein prevê que a expansão do universo deve estar diminuindo devido à atração gravitacional entre as galáxias. No entanto, em 1998, foi descoberto que o universo está se expandindo aceleradamente.
Isso foi determinado através da observação de supernovas distantes, que apareciam mais fracas do que o esperado. A conclusão foi de que o universo estava se expandindo cada vez mais rápido.
Desde então, muitas teorias foram propostas para explicar a expansão acelerada, incluindo a presença de energia escura, um tipo de matéria que não interage com a luz e, portanto, é invisível. No entanto, a natureza da energia escura é desconhecida e não foi detectada diretamente.
Os professores Farinaldo Queiroz, pesquisador do Instituto Internacional de Física (IIF/UFRN), e Raimundo Silva, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN), publicaram um artigo na revista científica Scientific Reports, da Nature, em colaboração com os estudantes Jacinto Neto (UFRN) e Deivid Silva (UFPB), além do professor Jailson Alcaniz (Observatório Nacional), onde propõem que a expansão acelerada do universo é causada pela interação entre matéria e energia escura.
A equipe realizou simulações numéricas que mostraram que a interação entre a matéria e a energia escura pode causar a expansão acelerada do universo. Eles baseiam sua teoria na ideia de que as partículas escuras são originadas por fótons virtuais, que são pequenas flutuações de energia na teia cósmica que permeia o universo.
Essas partículas escuras teriam propriedades diferentes da matéria escura convencional, como a capacidade de se moverem com velocidades superiores à da luz.
Os pesquisadores acreditam que essas partículas escuras podem ser detectadas através de observações precisas do universo, o que permitiria confirmar sua existência e validar a teoria proposta.
A equipe também fez uma análise da distribuição de massa na galáxia para confirmar sua teoria. Eles descobriram que a distribuição de massa na galáxia segue uma relação matemática conhecida como “lei de Zipf”, que relaciona a distribuição de massa a sua energia.
Comunidade Científica
A comunidade científica ainda está avaliando a nova teoria proposta pelos pesquisadores da UFRN. Embora ainda não seja aceita como a explicação definitiva para a expansão acelerada do universo, a teoria tem sido considerada interessante e promissora pelos especialistas.
Alguns argumentam que a teoria precisa ser testada com mais precisão antes de ser considerada como a explicação correta para o fenômeno. “Já recebemos muitas citações de grupos internacionais sobre essa ideia”, afirma Farinaldo Queiroz, que é líder de pesquisa do grupo de física de partículas e astropartículas do IIF-UFRN, sobre a aceitação do trabalho. Coautor da publicação, o professor Silva explica que a pesquisa representa uma ideia de ponta, reconhecida por sua publicação em uma revista de grande prestígio.
Em qualquer caso, o novo estudo oferece uma visão alternativa para a expansão acelerada do universo, que tem sido um mistério para a comunidade científica há décadas.
A expansão acelerada do universo é uma questão complexa e ainda não totalmente compreendida pela ciência. A teoria proposta pelos pesquisadores da UFRN pode fornecer uma nova compreensão sobre a expansão acelerada do universo e levar a novas descobertas no futuro. É importante destacar que, apesar de interessante, ainda é necessário realizar mais pesquisas e testes para confirmar a validade da teoria proposta.
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