A pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Juliana Melo, denunciou que presos da Penitenciária de Alcaçuz – localizada em Nísia Floresta, estão sendo torturados, inclusive com choques elétricos, desde a rebelião de janeiro de 2017, que culminou com a morte de 26 detentos. “São espancados, eletrocutados, insultados, privados de comida, de água, de exercer sua religião, e suas famílias são maltratadas quando vão visitá-los”.
“Se o preso pedir água, apanha; se pedir para tomar banho, apanha; se pedir um remédio, apanha; se estiver dormindo e não ouvir o agente chamando para ‘procedimento’, apanha de novo. Eles apanham e são insultados o tempo todo”, revelou Juliana Melo em depoimento dado à revista Época.
Durante o “procedimento”, conforme o relato da professora, os detentos sentam no chão, enfileirados, “com as pernas abertas e dobradas, cabeça baixa e as duas mãos na nuca”. Em seguida, “agentes passam dando cacetadas nos dedos das mãos”.
Outra situação narrada pela professora é a de que presos são eletrocutados no presídio. “Fazem uma fila, um encostando no outro, sendo que o último segura na porta de ferro. O agente dá um choque em todos de uma vez, atacando o primeiro da fila com a Taser, uma pistola de descarga elétrica”, declarou.
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