Policiais civis da 1ª Delegacia Regional de São Paulo do Potengi deflagraram, na manhã desta quinta-feira (5), a “Operação Recomeço”, cumprindo dois mandados de prisão temporária. As ordens foram emitidas pelo Poder Judiciário, resultando na prisão de dois homens suspeitos de praticar crimes de extorsão e transmissão de imagens íntimas sem consentimento. As prisões ocorreram nas cidades de São Pedro e Bom Jesus, ambas no estado do Rio Grande do Norte.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, os homens, ambos com 31 anos, integravam uma organização criminosa que usava o WhatsApp para extorquir mulheres. Os criminosos se aproveitavam de fotos de modelos fotográficos, fingindo serem homens interessados em relacionamentos amorosos. Ao longo das conversas, ganhavam a confiança das vítimas e as convenciam a enviar imagens íntimas. A partir desse ponto, eles começavam a ameaçar expor essas fotos e vídeos, exigindo dinheiro em troca do silêncio.
As diligências realizadas pela equipe da 1ª DP de São Paulo do Potengi permitiram identificar e localizar os envolvidos no esquema. Após a identificação, os policiais organizaram a operação e efetuaram as prisões dos suspeitos, que foram conduzidos à delegacia. Confira:
Depois de passarem pelos procedimentos legais de praxe, os suspeitos foram transferidos para o sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça. A Polícia Civil destacou a importância da participação da população no combate a esse tipo de crime, solicitando que as denúncias continuem sendo feitas, de forma anônima, pelo número Disque Denúncia 181.
A extorsão é crime previsto no Código Penal Brasileiro (Art. 158), com pena de reclusão de quatro a dez anos, além de multa. A divulgação de imagens íntimas sem consentimento também é crime, previsto pela Lei 13.718/2018, conhecida como a Lei de Importunação Sexual, com pena de um a cinco anos de reclusão.
A “Operação Recomeço” é parte de um esforço contínuo da Polícia Civil no combate a crimes praticados por meio de tecnologias digitais, como o WhatsApp, que têm se tornado cada vez mais frequentes. Casos como este ressaltam a necessidade de cautela ao compartilhar imagens pessoais nas redes, e a polícia orienta que as vítimas procurem as autoridades imediatamente ao perceberem que estão sendo alvo de chantagens ou extorsões.
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