Rio Grande do Norte

Operação Direct: MPRN investiga pedofilia por rede social

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou na manhã desta segunda-feira (26) a Operação Direct, que investiga atos de pedofilia por meio de rede social e o envio de conteúdo pornográfico por parte de um homem para uma criança de 10 anos, que mora na Grande Natal. Equipes do Ministério Público de São Paulo, com acompanhamento de uma promotora de Justiça do MPRN, cumpriram mandado de busca e apreensão na capital paulista, onde o investigado mora.

De acordo com as investigações do MPRN, no ano passado o aliciador usou o serviço de mensagem direta de uma rede social da criança para estabelecer o primeiro contato. Após algumas conversas, o homem passou a tentar seduzir a criança e chegou a enviar foto com conteúdo pornográfico para ela. Na troca de mensagens, o aliciador usava perfis falsos. O nome da operação é uma alusão a esse serviço de mensagens diretas disponível na rede social.

“A mãe estava atenta à navegação da criança na internet e em certo momento acabou vendo a troca de mensagens e procurou o Ministério Público do Rio Grande do Norte. Iniciamos a investigação imediatamente. Usamos uma metodologia de cruzamentos de dados, fazendo com que a apuração fosse praticamente toda virtual até conseguirmos localizar o aliciador”, explicou a promotora de Justiça Liv Severo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do MPRN. A promotora foi quem, com apoio do MPSP, cumpriu o mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira.

Operação Direct MPRN investiga pedofilia por rede socialNo cumprimento do mandado, foram apreendidos o computador do suspeito e outros dispositivos de informática. O promotor de Justiça Fausto França, coordenador do Gaeco, ressaltou a importância da operação Direct. “Essa operação serve para mostrar que o ambiente da internet não é sem lei. O material apreendido na casa desse homem será trazido para Natal e vai ser analisado pela equipe do Laboratório de Computação Forense do Gaeco, que atua no assessoramento técnico desde o início. Durante essa etapa, será possível desenvolver algumas linhas de pesquisa da investigação e apurar se essa criança é a única vítima desse aliciador ou se ele mantém o mesmo tipo de contato com outras pelo país”, explicou.

A promotora Sandra Angélica Pereira Santiago, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, destacou ainda que os pais e responsáveis devem ficar atentos e monitorar as redes sociais e a navegação dos filhos na internet. “A operação Direct só foi deflagrada porque a mãe dessa criança conseguiu ver as mensagens que o aliciador mandou para ela e procurou o Ministério Público do Rio Grande do Norte para pedir ajuda. Esse exemplo deve ser seguido para evitar que outras crianças sejam vítimas, cabendo aos pais manterem um diálogo aberto com os filhos, acompanhar a navegação das crianças e orientá-las”, concluiu.

Após a análise do material apreendido, o aliciador paulista poderá ser denunciado pelo assédio à criança e ainda por armazenar o conteúdo pornográfico envolvendo criança.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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