Um levantamento feito pelo Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) mostra que os índices da violência urbana por arma de fogo aumentaram – passando dos 627 (em 2015) para 719 nos últimos seis meses. Para a contagem dos boletins também foram considerados os indicadores: homens, mulheres, menores, casos de espancamentos, ferimentos por arma branca e com objetos contundentes. Todas as vítimas foram atendidas na porta de urgência do Pronto Socorro Clóvis Sarinho (PSCS) e os números abrangem o período de janeiro a junho, de 2015 e de 2016.
Os registros abrangem pacientes de todo o Rio Grande do Norte e traçam um panorama do crescente número dos casos de violência armada na capital potiguar. As agressões por arma branca também subiram de 321 (em 2015) para 340 este ano.
Em contrapartida, diminuíram as ocorrências de agressão física contra o homem e contra a mulher. Até junho do ano passado, 101 mulheres haviam sido socorridas no Pronto Socorro com ferimentos graves. No mesmo período deste ano foram assistidas 80. Os casos de agressão física contra o homem também tiveram redução. Saíram dos 636 para os atuais 594.
A maior redução ficou com os casos de agressão com objetos contundentes. Neste quesito, a queda foi de quase 50%, saindo de 867 para 443.
Segundo o ortopedista, Rogério Nobre, o perfil destes pacientes é bem semelhante aos dos acidentados de moto: “a grande maioria são homens, com idade variando dos 18 aos 35 anos e em idade produtiva”, afirma. Ele destaca que “entre os bairros que mais demandam pacientes destes casos para o PSCS, estão: Planalto, Felipe Camarão, Passo da Pátria e outros da Zona Norte de Natal”. Sobre as causas dos ferimentos, o ortopedista diz: “a quase totalidade destes pacientes são vítimas de tentativa de assalto ou de tentativa de homicídio”.
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