As equipes do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (CCZ-SMS) estão realizando, durante toda esta segunda-feira (16), coleta de mosquitos adultos do Aedes aegipty para mapear quais os tipos de vírus em circulação no município de Natal. Atualmente, estão ativos os vírus DEN-1, DEN-2 e DEN-4 da dengue.
O chefe do CCZ, Alessandre Medeiros, explica que a coleta é feita em 30 pontos fixos e distintos no município, sendo seis em cada um dos cinco Distrito Sanitários e que o objetivo é ter um mapeamento geral da cidade. Ele revela ainda que a ação é importante para que se saiba quais os tipos da doença que podem acometer a população em casos de infecção pelo mosquito.
“É uma importante ação de rotina que realizamos mensalmente, para que possamos ter um controle e informações sobre os tipos de vírus da dengue em circulação. Estamos trabalhando para evitar que haja possibilidade de uma nova epidemia na cidade nos próximos meses, como a que sofremos no início deste ano, por isso, não descansamos”.
Alessandre afirma também que a SMS está trabalhando para desenvolver o estudo ainda acerca da Chikungunya e da Zika, ambas também transmitidas pelo Aedes aegipty. A perspectiva é que seja feito mapeamento geral também para elas, mas no próximo ano.
Quatro tipos circulam no Brasil
Atualmente, existem quatro tipos de vírus da dengue em circulação no país: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos causam os mesmos sintomas aos doentes, mas, quanto mais tipos, maiores as probabilidades de ocorrer um aumento anormal de casos ou mesmo uma epidemia, quando uma doença infecciosa atinge rapidamente um grande número de pessoas em uma região distinta.
A existência de quatro tipos de vírus da dengue é preocupante do ponto de vista da saúde pública. Cada pessoa só pega um tipo de vírus na vida, mas, como há quatro deles em circulação no país, ela pode ser infectada quatro vezes. E a cada infecção, o sistema imunológico fica mais sensibilizado, o que potencializa os sintomas em uma reincidência.
Monitoramento intensificado
Desde o início do mês de outubro, a SMS e o CCZ intensificaram as ações de monitoramento do mosquito transmissor da dengue, para impedir o surgimento de novos vetores com a proximidade do Verão. O método, batizado de Ovitrampas, é feito por meio de armadilhas instaladas em mais de 500 pontos da cidade, que são visitadas semanalmente pelos agentes de controle de endemias de Natal.
Alessandre Medeiros explica que a situação do município é tranquila, por causa da baixa incidência de chuvas. No entanto, não pode diminuir as ações de controle dos focos do Aedes no município porque, junto com a estação mais quente do ano, ocorre também o período de chuvas, geralmente a partir de janeiro.
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