A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), anunciou na tarde desta quarta-feira (3) que o município está fora da epidemia de Dengue. Pela terceira semana consecutiva, Natal registrou queda no número de notificações abaixo do limite padrão, o que descaracteriza a epidemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde pede que a população continue fazendo sua parte e colaborando no combate ao mosquito transmissor da doença.
O secretário Municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, explica que, desde o início do ano, o Centro de Controle de Zoonoses modificou a metodologia de trabalho, passando a adotar uma metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde, que consiste na parametrização direcionando o trabalho dos agentes de endemias de acordo com indicadores.
“Isso ajuda a detalhar a informação a partir do usuário e criar um mapeamento de zonas, chamadas de Hot Spot. Atuamos de forma mais enérgica, efetiva e conseguimos diminuir a população na forma adulta, que é responsável pela transmissão da doença. Conseguimos sair da epidemia com a mesma quantidade de agentes que já tínhamos, porque houve uma racionalização dos recursos que já tínhamos e além disso contamos com a sensibilização dos agentes de endemias que encerraram a greve”, afirma o secretário Luiz Roberto Fonseca. O secretário ressaltou que ainda no mês de junho, irá convocar 150 agentes de endemias e 138 agentes comunitários de saúde, o que vai proporcionar o aumento em até 20% da capacidade efetiva de atuação.
Apesar de Natal não se encontrar mais em um quadro que se caracterize como de epidemia de dengue, o secretário Luiz Roberto ressalta que não é momento para relaxar, uma vez que a dengue é uma doença sazonal, com períodos de picos e de baixa. “Precisamos continuar alertas e a população não pode relaxar. É provável que três anos sem surto de dengue possa ter feito com que a população tenha relaxado, mas esse é o momento de permanecermos vigilantes”.
A partir de agora, durante o período não epidêmico, o trabalho continuará o mesmo, intensificado nas áreas necessárias. “Onde tiver mais vetor é onde iremos atuar com mais força, justamente para evitar o aumento vetorial, pois ele propicia a possibilidade de dengue”, afirma o chefe do CCZ. Em 2016, a SMS deve incrementar o trabalho de combate por meio do monitoramento viral, tanto de material humano, quanto do vetor. “Vamos poder identificar qual o tipo de sorotipo está circulando em Natal e em qual área e a partir daí poderemos impedir a expansão dele de forma imediata. A informação, cada vez mais se transformará em ação e resposta. Natal não pode viver outra epidemia e é isso que vamos perseguir”.
O secretário Luiz Roberto Fonseca explica que a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, está investindo em outro eixo de pesquisa para identificar hábitos e comportamentos do mosquito, como forma de traçar estratégias de combate, possibilidade de inserção de mosquitos geneticamente modificadas, dentre outras alternativas.
“Ainda não precisamos fazer nada disso, pois saímos da epidemia sem a utilização dessas técnicas, mas é importante estudarmos para podermos aplicar no futuro. No entanto, o que tem de comprovado de eficácia é a massificação da importância da participação da população. A população precisa entender a importância do seu papel no combate a doença”, reforça o secretário.
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