O Ministério Público de Civitavecchia, no centro da Itália, pediu a condenação à prisão perpétua para Pietro Ladogana, romano de 47 anos e acusado de ser o mandante do assassinato de Enzo Albanese, 42, ocorrido em Natal – capital do Rio Grande do Norte.
A posição da Procuradoria foi formalizada nesta quarta-feira (11), na Corte de Apelação de Roma, que anunciará sua sentença na semana que vem. Albanese foi morto a tiros em 2 de maio de 2014 e era originário de Milão. Ex-tenente dos carabineiros (a polícia militar da Itália), ele vivia no Brasil havia oito anos.
No país, cuidava de uma clínica estética e era diretor técnico de um time de Rugby do Alecrim. O crime ocorreu na entrada da casa de Albanese, em um bairro da zona sul de Natal. Ladogana foi preso poucos dias depois, no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando ia embarcar para o Brasil.
Motivação
A motivação do crime se deu porque a vítima teria descoberto e denunciado a fraude de uma das empresas administradas por Pietro Landogana. A empresa é a Globo Construções LTDA, que teria adquirido a Fazenda Telha, localizada em Ielmo Marinho. A propriedade foi transferida ilegalmente para laranjas e depois para Pietro.
“Enzo era procurador de um dos sócios da empresa, fazendo a cobrança de alugueis de imóveis. Ele descobriu o esquema fraudulento e denunciou cerca de um mês antes de seu assassinato. Após a denúncia, ele passou a receber ameaças de morte, uma delas do policial militar”, detalhou o delegado Raimundo Rolim na época.
Os investigadores apontam o policial Alexandre Douglas como executor material do assassinato. “Foi um homicídio desprezível, motivado por cobiça, premeditado. As pistas coletadas confirmam que foi Ladogana quem armou a mão de Douglas”, afirmou a procuradora italiana Allegra Migliorini.
Com informações da ANSA*
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