Rede de supermercados de Natal é alvo de fraude cibernética de R$ 300 mil

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), prendeu um homem e identificou outros suspeitos envolvidos em um esquema de fraude eletrônica contra uma rede de supermercados de Natal.

As investigações revelaram que o grupo acessou o sistema da empresa e emitiu vouchers falsos, gerando um prejuízo calculado em aproximadamente R$ 300 mil. Esse valor foi convertido em créditos distribuídos entre contas dos suspeitos, que utilizaram os vouchers para fazer compras em várias unidades da rede. A ação policial aconteceu nas zonas Norte, Sul e Leste de Natal.

Durante a operação, os policiais da DRCC interceptaram os envolvidos enquanto retiravam produtos em uma das lojas. Em uma das abordagens, houve uma tentativa de fuga, que culminou em uma perseguição e na captura de um dos suspeitos [vídeo mais abaixo]. “Identificamos o grupo e, com as provas obtidas, conseguimos prender um dos envolvidos em flagrante“.

Além do suspeito preso, outros dez indivíduos foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. Com eles, foram apreendidos diversos celulares e dispositivos eletrônicos, que serão analisados para identificar o possível envolvimento de outros suspeitos. Durante a audiência de custódia, a prisão do principal suspeito foi homologada e convertida em prisão preventiva. Outros envolvidos, que atuavam como intermediários ou entregadores e alegaram desconhecimento do esquema, foram liberados após depoimentos.

Segundo a Polícia Civil, a atuação rápida foi crucial para impedir maiores danos e possibilitar a identificação dos envolvidos. A corporação reforça que denúncias da população são fundamentais para combater esse tipo de crime, incentivando o uso do Disque Denúncia 181, que garante o anonimato.

A invasão de dispositivo informático e a fraude eletrônica configuram crimes graves com penas previstas na legislação brasileira, que variam de três meses a um ano para invasão, e de quatro a oito anos para fraude eletrônica, de acordo com a gravidade do caso e os prejuízos causados.