O Planalto está otimista em relação à candidatura da deputada federal Natália Bonavides (PT) à prefeitura de Natal. A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital potiguar, na última semana, teve um impacto positivo nas pesquisas de intenção de voto, apontando um cenário favorável para a candidata petista. Além de Natal, o governo federal projeta vitórias importantes no segundo turno em outras capitais brasileiras.
Segundo Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, o Palácio do Planalto está confiante em conquistas não apenas em Natal, mas também em Fortaleza, com Evandro Leitão, e em Cuiabá, onde Lúdio Cabral desponta com boas chances. A expectativa de vitória também se estende a candidatos da Frente Ampla em Belém e Belo Horizonte.
No Pará, Igor Normando (MDB), apoiado pelo governador Helder Barbalho, lidera as pesquisas, enquanto, em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) mantém uma posição confortável.
Empate técnico em Natal
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Seta, entre os dias 20 e 21 de outubro, e divulgada nesta quarta-feira (23) revela uma disputa acirrada pela prefeitura de Natal. Natália Bonavides aparece com 50,7% dos votos válidos, enquanto seu oponente, Paulinho Freire (União Brasil), está logo atrás com 49,3%. Esses números indicam um empate técnico, já que estão dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento mostra que a disputa permanece aberta, sem um favorito claro.
Nos votos totais da pesquisa estimulada, Natália Bonavides tem 41,8% das intenções, contra 40,6% de Paulinho Freire. 9,8% dos eleitores afirmaram que votariam nulo ou branco, enquanto 7,9% não souberam ou preferiram não responder, reforçando o cenário de incerteza e instabilidade.
Dificuldades em São Paulo
Enquanto no Nordeste e no Centro-Oeste o governo vê possibilidades concretas de vitória, a situação é diferente em São Paulo. O monitoramento do Palácio do Planalto aponta para dificuldades na capital paulista, onde uma virada parece improvável. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, enfrenta o adversário Guilherme Boulos (PSOL), mas a avaliação interna sugere que a disputa será desafiadora para a esquerda.
Guilherme Boulos, em entrevista à GloboNews, reconheceu que a direita conseguiu se conectar de forma mais eficaz com os eleitores das periferias, o que influenciou o resultado no primeiro turno. “Eles foram mais competentes em cativar esse público“, afirmou o candidato, ressaltando a necessidade de um enfoque maior nesses eleitores nos últimos dias de campanha. Como estratégia, Boulos revelou que passará mais tempo nas comunidades, inclusive dormindo na casa de eleitores.
Por outro lado, Ricardo Nunes destacou a importância do apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, segundo ele, foi decisivo em momentos críticos da campanha. “A presença de Tarcísio foi fundamental“, disse Nunes, sublinhando que o apoio do governador teve mais peso do que o de figuras políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com esse cenário, Tarcísio terá influência considerável na formação do governo, caso Nunes seja reeleito. Ele já antecipou que a Secretaria de Educação, disputada por apoiadores bolsonaristas, será de sua escolha.
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