O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN) informou que desde as 6h de hoje (23) a frota de ônibus na capital está liberada progressivamente. Os ônibus pararam de circular desde quinta-feira (19), após ataques a prédios públicos e veículos de transportes urbanos devido a transferência de 220 presos da penitenciária de Alcaçuz.
No sábado (21) o serviço de transporte de ônibus voltou parcialmente, com a tentativa de usar 30% da frota. No final da tarde houve nova paralisação. De acordo com o diretor de comunicação do Sintro-RN, Harley Davidson, a desistência de regularizar a frota nas ruas foi provocada por um novo ataque ocorrido no sábado, no bairro Felipe Camarão, onde a empresa Nossa Senhora da Conceição opera um terminal. “Um homem quebrou o para-brisa do veículo com uma coronhada de arma calibre 12. Supomos que era um aviso para não circular. A Polícia Militar (PM) foi acionada e os veículos retirados de circulação”, contou.
No domingo (22) os rodoviários e as empresas decidiram não sair às ruas. Hoje, Davidson afirma que a volta foi motivada pela presença das Forças Armadas. “Hoje a gente consegue ver a presença deles nas ruas, estão dando apoio nos terminais”, explica. “A expectativa é retomar a frota completamente, queremos isso. Se não houver novos ataques podemos ter 100% dos veículos circulando.”
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do Rio Grande do Nortes (Seturn-RN) divulgou nota em que aguarda o retorno “paulatinamente” dos ônibus em Natal nesta segunda e justifica a suspensão do serviço. “Não há como disponibilizar a frota à população, pois o risco é iminente e os prejuízos incalculáveis. A preocupação não é pela depredação do patrimônio das empresas, mas, principalmente, para preservar a integridade física dos seus funcionários e clientes”, diz o texto.
A nota pede forças de segurança em tempo integral nas rotas de ônibus, terminais e garagens das empresas para que o serviço seja normalizado completamente. O Seturn também informa que vai solicitar compensação do governo para os dias em que os ônibus não circularam: “precisamos urgentemente de compensação para superar os enormes e insuportáveis prejuízos que tivemos com perda de patrimônio e com falta de faturamento”.
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