O programa Vigiadengue, da cidade de Natal-RN, foi apontado pelo Ministro da Saúde, Marcelo Castro, como estratégia eficaz no combate ao Aedes aegypti a ser seguido no Brasil. A declaração do ministro foi feita à imprensa nacional.
O trabalho desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Natal no combate e monitoramento ao Aedes foi escolhido como projeto-piloto pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). “Não podemos deixar o mosquito nascer. Se nasce, é um perigo ambulante. Agora, é guerra declarada ao mosquito, inimigo número um do Brasil”, disse o ministro.
Esta semana, uma equipe do Ministério da Saúde estará em Natal para acompanhar a força-tarefa que está sendo realizada no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte de Natal.
O Vigiadengue é um sistema de monitoramento ativo com base na vigilância epidemiológica e vigilância entomológica das arboviroses (doenças virais transmitidas por meio de vetores) de importância para a saúde pública. A nova abordagem tem a finalidade de realizar o monitoramento contínuo a fim de identificar as áreas de maior risco para a ocorrência de surtos e epidemias, além de criar categorias de risco, a partir da utilização de indicadores epidemiológicos e entomológicos que já são utilizados na rotina e outros a serem desenvolvidos, além de e estabelecer categorias de intervenção ou estágio de resposta para cada nível de risco.
Com a nova metodologia é possível classificar semanalmente a cidade em áreas com distintos níveis de risco, orientar a intervenção de acordo com o nível de risco de cada área, considerando as intervenções mais adequadas para cada nível, além de mensurar e documentar o tempo entre a identificação do risco e o início da resposta. Além disso, foi criado o mapa de risco de Natal, desenvolvido pela Fiocruz, que será implementado em 2016, podendo, dessa forma, investigar 100% dos casos georreferenciados.
“Agora temos uma ação diferenciada em cada bairro e podemos controlar, com antecipação, os possíveis surtos epidêmicos que possam acontecer em alguns bairros. Com isso, conseguiremos bloquear o surto antes que ele se expanda e, se não evitar a epidemia, diminuir o impacto dela. Hoje temos uma análise e planejamento realizado semanalmente”, explica Luiz Roberto Fonseca, secretário municipal de Saúde.
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