O município de Natal notificou 369 casos de agravos do sistema respiratório em crianças menores de cinco anos de idade nos dois primeiros meses deste ano, conforme relatório da unidade Sentinela de Vigilância do Ar, implantado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os dados devem ser apresentados pela Vigilância de Saúde Ambiental e do Trabalhador da SMS (Visamt) aos cinco distritos sanitários da Capital nas próximas semanas, para elaboração de ações que visem eliminar as causas desse tipo de adoecimento.
Das 369 notificações, 41,46% estão concentradas na zona Oeste de Natal, sendo 33 delas no bairro Planalto e 32 em Felipe Camarão. Em ambos, há a proposta de implantação de unidades para o monitoramento das notificações e adoção de medidas necessárias para o tratamento e erradicação dos condicionantes ambientais favoráveis aos agravos.
A segunda região do município com o maior número de registros é a zona Leste, onde foram notificados 105 casos, sendo 36 no bairro de Mãe Luíza. Em terceiro lugar, está a zona Sul, que registrou 59 notificações, destas 27 em Ponta Negra. A zona Norte notificou 48 casos, com 33,3% deles somente no bairro de Nossa Senhora da Apresentação.
Segundo o chefe da Visamt, Marcílio Xavier, o Departamento de Vigilância em Saúde se reunirá com os representantes dos cinco distritos sanitários de Natal para o planejamento das ações de combate aos condicionantes ambientais que estejam favorecendo esse tipo de adoecimento na população menor de cinco anos de idade no município. “O objetivo é minimizar ou eliminar os fatores para erradicar”.
Ele explicou que os dados coletados serão informados em um relatório do Sistema Único de Saúde (SMS), que serão usados para traçar um perfil e identificar as causas das doenças respiratórias da poluição do ar. A partir desse relatório, a SMS adotará as ações necessárias para o tratamento.
Unidade Sentinela
Com a unidade Sentinela de Vigilância do Ar, é possível fazer a avaliação epidemiológica intensificada para o monitoramento de fenômenos onde o foco está na análise dos possíveis impactos à saúde de crianças menores de cinco anos que apresentem sintomas respiratórios como dispneia, falta de ar, cansaço, sibilos, chiados no peito e tosse. Estes podem estar associados a outros sintomas e também a agravos como asma, bronquite e infecção respiratória aguda.
O trabalho é feito por meio do componente Exposição Humana a Poluentes Atmosféricos, da Vigilância de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq) e objetiva subsidiar a avaliação de possíveis impactos à saúde pela Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos (Vigiar).
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