O abastecimento de água no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, afetado desde terça-feira (26), deve se normalizar apenas até a manhã de domingo (1º de dezembro), segundo a Águas do Rio. A concessionária afirma que:
“No entanto, poderá levar mais tempo nas áreas elevadas, nas pontas das redes de distribuição e nos locais onde forem registradas ocorrências neste período”
O problema teve início com a manutenção anual realizada pela Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) no Sistema Guandu, composto pela Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e a Elevatória do Lameirão. Este sistema abastece mais de 10 milhões de pessoas na capital e na Baixada Fluminense, impactando os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti.
A Cedae informou ter retomado a operação com 100% da capacidade às 10h55 de quinta-feira (28), após a conclusão da manutenção na noite de terça-feira (26). A retomada gradual se deu a pedido das concessionárias, que necessitavam de tempo para reparos na rede de distribuição. A estatal explicou que:
“Embora o sistema já estivesse apto para operar com capacidade total após o término da manutenção na noite de terça-feira (26), foi necessário aguardar o andamento dos serviços realizados pelas concessionárias e a devida liberação para viabilizar a retomada integral da produção de água”
Enquanto a situação não se normaliza, a Águas do Rio recomenda o uso racional da água, priorizando atividades essenciais e utilizando reservas de cisternas e caixas d’água. O abastecimento por caminhões-pipa está sendo direcionado para unidades de saúde.
Instituições de ensino superior também foram afetadas. A UFRJ permaneceu sem aulas e sem água desde terça-feira (26). A Uerj, com o fornecimento interrompido desde o mesmo dia, suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas em seu campus Maracanã na quinta-feira (28), conforme o comunicado:
“Tendo em vista que o fornecimento ainda não foi normalizado e que os níveis de nossos reservatórios estão baixos, as atividades acadêmicas e a administrativas no campus Maracanã estão suspensas nesta quinta-feira (28)”
A Fiocruz, por sua vez, apresentou diferentes cenários em seus campi. O campus Manguinhos teve o abastecimento normalizado, com retomada das atividades presenciais na sexta-feira (29). Já no campus Maré, o expediente presencial foi mantido, exceto para atividades não essenciais no centro de pesquisa, inovação e vigilância em covid-19, devido às reservas de água baixas. O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira manterá apenas atividades essenciais, e o Centro de Referência Professor Hélio Fraga teve o abastecimento normalizado. A Fiocruz detalhou a situação em comunicado:
“No Campus Maré, o expediente presencial no prédio sede e demais edificações será mantido normalmente. Continuarão suspensas as atividades não essenciais no centro de pesquisa, inovação e vigilância em covid-19. A medida visa preservar o funcionamento do sistema de refrigeração, já que as reservas de água continuam baixas. O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, no Flamengo, manterá apenas as atividades essenciais. O abastecimento de água no Centro de Referência Professor Hélio Fraga, em Jacarepaguá, foi normalizado para atender integralmente todas as atividades”
A situação gerou protestos, incluindo a intervenção da justiça para restabelecer a energia na UFRJ, conforme reportagem anterior. Justiça determina restabelecimento da energia na UFRJ
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