O custo da cesta básica – composta por alimentos essenciais – aumentou em 20 capitais brasileiras no mês de janeiro, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As altas mais expressivas ocorreram em João Pessoa (11,91%), Brasília (9,67%), Natal (8,85%), Vitória (8,45%) e Recife (7,32%). As menores taxas positivas foram anotadas nas cidades de Goiânia (0,42%) e Manaus (2,59%).
Em números totais, a cesta básica na capital potiguar custou R$ 360,48, o que corresponde a 41,07% do salário mínimo. São necessárias 83 horas e 08 minutos para que o trabalhador possa comprar o conjunto de alimentos básicos, o que dá três dias e meio de trabalho. Em dezembro, por exemplo, o potiguar precisava trabalhar 77 horas e 46 minutos para comprar a cesta.
A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 446,69), seguida do Rio de Janeiro (R$ 443,81) e São Paulo (R$ 439,20). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 333,98) e Aracaju (R$ 349,97).
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em janeiro, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em janeiro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.752,65, ou 3,93 vezes o mínimo, já reajustado abaixo da inflação, no valor de R$ 954,00.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.