Grupos ativistas, protetores de animais e vereadores, foram à Câmara Municipal para cobrar, em audiência pública, proposta pelo vereador Sandro Pimentel (PSOL), o funcionamento dos Castra Móveis em Natal por parte da prefeitura. Dois equipamentos já foram adquiridos por R$ 420 mil e outros R$ 275 mil estão disponíveis por meio de emendas parlamentares, mas o serviço itinerante de castração de animais domésticos não tem previsão para começar.
A expectativa é de que sejam realizadas 50 cirurgias diárias em cães e gatos, inclusive os que vivem nas ruas, reduzindo a super população dos animais na cidade.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Marcelo Rosado, a prefeitura não tem condições técnicas para executar o serviço e busca firmar parcerias. “Poderíamos avançar se tivéssemos parceiros. Não temos pessoal, por exemplo, nem temos como fazer concurso. Aguardamos proposta e oferecemos pagamento de insumos. Estamos em diálogo com a UnP (Universidade Potiguar) e aguardamos uma proposta até o final deste mês. O que eles não tiverem condições de fazer, procuraremos outras parcerias, já que não temos condições técnicas para operacionalizar o serviço”, disse.
Mas o coordenador do curso de medicina veterinária da UnP, Rodrigo Tenório, diz que a instituição está disponível para atuar apenas com pessoal. “Não há condições da UnP assumir a responsabilidade de administrar . Não é nosso papel. Estamos a disposição com veterinários e alunos para realizar apenas os procedimentos cirúrgicos”.
Em virtude desse impasse, Rossana Sudário, promotora de Defesa do Meio Ambiente de Justiça, declarou que aguarda elementos por parte dos ativistas para iniciar uma ação civil pública contra o município. “Defendo o consenso. Se já temos recursos e equipamentos, a prefeitura tem que iniciar esse trabalho. Estamos aguardando material para movermos uma ação e o trabalho comece a ser executado”.
Além dos dois Castra Móveis, a Câmara Municipal destinou R$ 275 mil em emendas parlamentares para a área de proteção animal. “O impasse se encontra e a prefeitura não toma a iniciativa de fazer que é de sua competência, querendo jogar a responsabilidade para uma parceria. Foram destinados em emendas R$ 100 mil de nossa autoria, R$ 25 mil pelo vereador Franklin Capistrano, R$ 50 mil de Maurício Gurgel, R$ 50 mil de Amanda Gurgel, R$ 20 mil de Luiz Almir, R$ 10 mil de Felipe Alves e R$ 15 mil de Eleika Bezerra, ou seja, R$ 280 mil e os castra-móveis estão parados”, reclama Sandro Pimentel.
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