Um pesquisa divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Natal, identificou que após o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras, o valor repassado pelos postos ao consumidor ficou abaixo do anunciado. Realizadas nos dias 11 e 18 de janeiro, as sondagens observaram diferenças mínimas entre os preços praticados entre os postos de combustíveis pesquisados e orienta ao consumidor que consulte os dados desta pesquisa antes de abastecer seu veículo.
Para a gasolina, o aumento definido pela Petrobras foi de 4,85% (indo de R$ 3,09 para R$ 3,24). E para o diesel, de 8,08% (de R$ 3,34 para R$ 3,61 com o reajuste). O Núcleo de pesquisa setor do Procon Natal analisou os preços na segunda pesquisa após aumento, e encontrou repasse na bomba para o consumidor de 4,03% para a gasolina, que em dezembro teve preço médio de R$ 6,792 e com este aumento, o preço médio encontrado pelos pesquisadores foi de R$ 7,066.
Em relação ao repasse do diesel, em dezembro do ano passado, a pesquisa identificou o preço médio de R$ 5,635 e, na segunda pesquisa de janeiro do ano corrente, o preço ficou em média de R$ 5,948, representando um aumento de 5,55% para esse combustível. Fazendo a relação com os preços médios de dezembro de 2021 para a primeira pesquisa de janeiro deste ano realizada pelo Procon Natal, antes do aumento anunciado pelo governo federal, a variação ficou em 1,99% para a gasolina e 2,44% para o diesel, uma vez que a pesquisa encontrou os preços médios na bomba dos posto a R$ 6,927 e R$ 5,773, respectivamente.
Variação de preços
Analisando as pesquisas entre os meses de janeiro de 2022 e dezembro de 2021, tendo por base a segunda pesquisa após aumento, foi encontrada variação nos combustíveis pesquisados:
- Etanol de 1,27%
- Gasolina comum 4,03%
- Gasolina aditivada 3,54%
- Diesel 5,55%
- Diesel S-10 4,01%
- Gás veicular 1,2%
O Núcleo de pesquisa analisou também a variação entre o maior e menor preço pesquisado e o Diesel comum e o Diesel S-10 tiveram a maior variação com 12,78% e 14,31% respectivamente; a gasolina comum e a aditivada com variação entre o maior e menor preço de 7,29% e 9,61% respectivamente. O gás veicular teve a menor variação encontrada pela pesquisa entre o maior e menor preço de 2,30%. Já o etanol, a pesquisa encontrou a maior variação dentre os demais combustíveis pesquisados entre o mais caro e o mais barato, de 16,74%.
Análise da pesquisa
Após realizadas as duas pesquisas, foi constatado que, do total de postos pesquisados, em 72,3% tiveram reajuste nos preços da gasolina depois do aumento e também foi verificado que 26,5% permaneceu com os mesmos preços, ou seja, sem repassar o aumento, e um posto não tinha esse produto sendo vendido na primeira pesquisa representando 1,2%. Já para o diesel, 59% tiveram aumento de preços repassados, e em 14,5% permaneceu praticando os mesmos preços do início do mês. Por região, a sul foi onde a pesquisa encontrou os maiores postos com reajuste, ou seja, dos 28 pesquisados dessa região, 96,43% tiveram reajuste na gasolina. Na região norte foi encontrado em 71,43%, dos 14 postos pesquisados, reajustes entre a primeira e segunda pesquisa de janeiro.
O estudo detectou ainda uma variação entre as duas sondagens de 0,55% para o etanol, onde a média na primeira pesquisa foi de R$ 5,645, e na segunda pesquisa R$ 5,686. O preço médio da gasolina comum e aditivada na primeira pesquisa foi de R$ 6,927 e R$ 7,010, já na segunda pesquisa o preço médio foi de R$ 7,066 e R$ 7,156, e isso representa uma variação de 2% e 2,08% para a gasolina comum e aditivada.
O diesel comum teve seu preço médio na segunda pesquisa R$ 5,948 e o diesel S-10 de R$ 6,150 e uma variação de 3,04% e 4,09%, uma vez que na primeira pesquisa o preço médio desses combustíveis foi de R$ 5,773 e R$ 5,909. O gás veicular com variação de 0,18% com preço médio de 4,838 e 4,847 na primeira e segunda pesquisa respectivamente. A região que manteve os preços do etanol com praticamente os mesmos valores de uma pesquisa para outra foi a região norte, onde 64,71% se mantiveram entre a primeira e segunda pesquisa deste mês.
Dentre os combustíveis pesquisados, o que chamou a atenção na pesquisa foi o etanol que teve um reajuste sem qualquer anúncio do governo federal. Em dezembro de 2021 o preço médio era de R$ 5,645, e na primeira pesquisa de janeiro estava ao preço médio de R$ 5,686 e na segunda pesquisa do mesmo mês a pesquisa encontrou nas bombas o preço médio de R$ 5,716. Uma variação de dezembro do ano passado para segunda pesquisa janeiro desse ano foi de 1,27%.
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