Com a crise, a educação financeira vem se tornando uma preocupação de muitas escolas de Natal. O tema foi inserido em escolas da região e os resultados já podem ser sentidos nos mais de mil alunos, seus professores e até mesmo em seus pais.
O tema vem conquistando um espaço de destaque em função da relação cada vez mais cedo que se tem com dinheiro, a exposição às mensagens de consumo e, mais recentemente, pela crise financeira que o país atravessa; crise esta, por sinal, que afeta diretamente o cotidiano das crianças e suas famílias.
Com a educação financeira, por meio do Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas, as escolas estão proporcionando às crianças e jovens um melhor entendimento do momento que passamos, além de prepará-los para que, no futuro, saibam administrar melhor as finanças.
“O que temos observado é que, nas escolas que ensinam Educação Financeira, os alunos aprendem desde cedo a cuidar melhor do seu dinheiro e levam para a sua família um novo olhar a respeito das finanças. Com organização, eles serão capazes de realizar seus sonhos”, detalha Gustavo Silva, educador financeiro e diretor da Unidade DSOP Natal.
Um dos pontos importantes do programa que essas escolas estão adotando é que não se trata apenas de compra de material didático, mas sim a implantação de uma sistemática que envolve toda a comunidade, com capacitação de professores e palestra para pais, além de utilizar também diversas ferramentas online de educação.
“A escola é a melhor maneira de englobar diversos públicos de uma só vez na educação financeira, tornando o processo mais eficiente. Assim, crianças, jovens e adultos (corpo docente, pais/responsáveis e comunidade) têm a oportunidade de aprender como utilizar e administrar os recursos financeiros, sendo que, para cada faixa etária, há um material e uma linguagem apropriados para melhor entendimento e aproveitamento das informações”, explica o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos.
Além de Natal, o tema já vem sendo abordado em outras regiões do Brasil. Somente em 2016, o número de escolas particulares adotantes do Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas é de mais de 600, sem contar as escolas que utilizam material paradidáticos e escolas públicas.
Veja motivos detalhados pela DSOP Educação Financeira, que mostram a importância de inserir o assunto nas escolas:
1 – De acordo com informações divulgadas pelo MEC, a Educação Financeira é um dos temas sugeridos para compor a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a ser trabalhado de maneira transversal nas disciplinas da educação básica;
2 – O crescimento e o desenvolvimento de uma sociedade dependem também de educar financeiramente os cidadãos, ensiná-los a controlar seus recursos e respeitar seu orçamento;
3 – Mais do que instruir sobre como administrar seus bens, a educação financeira promove uma mudança de comportamento e de velhos hábitos com relação ao uso do dinheiro;
4 – Para mudar a situação dos endividados, somente com educação financeira, que deve ser ensinada, especialmente, nas escolas (do Ensino Infantil ao Médio), pois o que as crianças e jovens aprendem no colégio levam para dentro de casa, contaminando os pais e familiares com esses princípios;
5 – Tem-se muita informação sobre macroeconomia; no entanto, quando se trata de microeconomia, pouco se sabe;
6 – Um dos pontos-chave é a questão de poupar. Guardar dinheiro é a prática que permite a realização dos sonhos, que é outro tema que não recebe a importância que merece;
7 – A educação financeira dialoga diretamente com os conteúdos das disciplinas formais ensinadas nas escolas;
8 – Com a linguagem adequada para cada faixa etária, é possível mostrar aos alunos como lidar com as finanças do dia a dia, se planejar, poupar para os sonhos e conquistar a independência financeira;
9 – As escolas que adotaram a educação financeira em currículo relatam não apenas benefícios para os alunos, como aos pais e professores;
10 – Há também os benefícios para a própria escola, que, além de se destacar no mercado por oferecer um ensino diferenciado, pode ter a inadimplência reduzida ao estender o ensinamento para os pais.
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