O Tribunal Pleno do TJRN atendeu a pedido da defesa do ex-pastor evangélico Gilson Neu Soares do Amaral e transferiu o julgamento dele da comarca de Caicó para a de Natal. Gilson é acusado de ser um dos mentores do assassinato do radialista caicoense Francisco Gomes de Medeiros, mais conhecido como F. Gomes. O crime ocorreu em 18 de outubro de 2010, naquela cidade da região do Seridó.
Com a decisão, o relator do pedido de desaforamento, o juiz convocado Luiz Alberto Dantas, autorizou a transferência do júri popular de Caicó para a capital, sem data ainda definida.
A decisão ocorreu à unanimidade de votos e em concordância com o parecer do Ministério Público, em ação penal, e determinou a comunicação com urgência para o juiz Criminal da Comarca de Caicó para as providências cabíveis, nos termos do voto do relator. No pedido, o réu alegou, dentre outros pontos, que “há fundadas dúvidas sobre a imparcialidade do júri, diante do clamor popular e da repercussão social que teve o homicídio de F. Gomes”.
O relator do Pedido considerou as razões da defesa do réu e definiu pelo desaforamento, a fim de deixar assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Em abril deste ano, o júri popular foi adiado no dia em que foi marcado porque o réu desconstituiu, em plenário, o advogado de defesa, Lucas Cavalcante de Lima. Fato que obrigou o juiz Luiz Cândido Vilaça a decidir pelo adiamento.
O radialista tinha 46 anos e trabalhava na rádio Caicó AM. Foi assassinado na noite de 18 de outubro de 2010, deixando esposa e três filhos, sendo atingido por três tiros de revólver na calçada da sua residência, na rua Professor Viana, bairro Paraíba, em Caicó. Vizinhos ainda o socorreram ao Hospital Regional de Caicó, mas F. Gomes não resistiu aos ferimentos. O radialista teria feito denúncias que comprometeriam os envolvidos no crime.
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