A comunidade de Riacho Fechado (RN), a 130km de Natal, passa a contar, a partir desta sexta-feira (9), com um sistema de dessalinização, que vai proporcionar água de qualidade para o consumo humano.
Cerca de 1,2 mil pessoas serão beneficiadas, onde cada família receberá diariamente 40 litros de água. O sistema será inaugurado pelo Programa Água Doce (PAD), coordenado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA).
A professora Zilma Campelo, 43 anos, presidente da Associação Comunitária de Riacho Fechado, é uma das três pessoas capacitadas a operar o sistema de dessalinização no município. Ela conta que o Programa chegou à região em um período muito difícil de seca e que vai melhorar significativamente a vida das pessoas.
“A comunidade está na expectativa para a inauguração. A água é ótima e vai proporcionar melhorias tanto para as pessoas quanto para os animais. É um momento de muita alegria para nós”, disse.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, José Mairton Figueiredo, explica que o sistema já está todo implementado e que todos os testes já foram feitos. “Está pronto para ser entregue e toda a comunidade já está mobilizada. Será uma mudança total na vida dessas pessoas. Agora elas terão acesso à água, e água boa”, garante Figueiredo.
Água doce no Rio Grande do Norte
O convênio com o Rio Grande do Norte tem como meta beneficiar 28 mil pessoas por meio da implantação, recuperação e gestão de 68 sistemas de dessalinização na primeira etapa, duas unidades demonstrativas e três unidades movidas a energia solar.
O valor do convênio firmado entre o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente foi de R$ 19,9 milhões. Desse total, R$ 11,3 milhões já foram repassados ao estado.
De acordo com o analista de infraestrutura do MMA, Alexandre Saia, a expectativa para o próximo ano é concluir os 68 sistemas de dessalinização previstos na primeira fase do PAD no Rio Grande do Norte.
Água de qualidade
O Programa Água Doce estabelece uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, a partir do aproveitamento de águas subterrâneas salobras ou salinas, oferecendo mais uma opção de fonte hídrica para a população do semiárido.
Ele conta com uma rede de cerca de 200 instituições, envolvendo dez estados (Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará, Paraíba, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Pernambuco) e parceiros federais.
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