Os candidatos prejudicados no processo seletivo da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) devido aos portões que foram fechados antes do horário previsto no edital, formalizaram junto ao Ministério Público o pedido de suspensão do certame. As provas foram aplicadas no último domingo, 31, na Escola Estadual Professor Abel Coelho, e cerca de 30% dos participantes ficaram de fora por causa do incidente.
Uma comissão representando os candidatos prejudicados, acompanhada do vereador Genivan Vale (Pros), foi recebida pelo Promotor da Saúde, Wikson Vieira Barbosa. Na oportunidade, os candidatos apresentaram documentos que embasam o pedido de suspensão do processo seletivo.
Além da questão do horário, os candidatos elencaram 15 possíveis irregularidades no processo seletivo, como a modificação do edital feita em dia não útil, o portão externo não ser considerado acesso à Escola Estadual Professor Abel Coelho e a lista com nomes dos candidatos estar fixada no muro da escola, em vez de estar na entrada das salas.
Suspeita de que algumas questões da prova tenham sido plagiadas
Alguns candidatos do certame, cujas provas foram aplicadas no último domingo, 31 de janeiro, levantam a suspeita de que várias questões do processo seletivo tenham sido plagiadas de outros concursos.
A prova da Prefeitura de Mossoró para o cargo de enfermeiro, por exemplo, há 16 questões idênticas da prova aplicada na Prefeitura do Rio de Janeiro em 2013 (https://site.pciconcursos.com.br/provas/19274669/773acc6007a0/c1_enfermeiro_2013.pdf). Nem mesmo as alternativas sofreram alterações.
“A questão 1 da prova de Mossoró é a mesma questão 32 do concurso do Rio de Janeiro; a questão 2 é a igual a de número 33; a 3 repete a questão 35; a 4 é a mesma da questão número 24 do Rio; e assim ocorre com outras questões”, disse um dos candidatos ao Jornal Defato.
O vereador Genivan Vale destacou que a suspeita de plágio nas questões é mais um argumento que embasa o pedido de suspensão do concurso, feito por representantes de cerca de 200 candidatos prejudicados porque os portões foram fechados antes do horário previsto no edital.
Os candidatos, inclusive, já acionaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público (MP) para ajudar na busca de uma solução para o problema.
“Essa novela envolvendo o processo seletivo da Prefeitura de Mossoró demonstra mais uma vez a falta de planejamento e de zelo com as questões que envolvem a cidade. Além de ser um desrespeito com todos aqueles que se dispuseram a fazer a seleção”, avalia o parlamentar.
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