Em meio à crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos, temas relacionados ao desemprego têm se tornando centrais quando o assunto é a recuperação econômica. Só no Rio Grande do Norte, foram mais de 5.000 vagas de emprego fechadas nos cinco primeiros meses de 2018.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o CAGED, foram mais de 56 mil admissões e mais de 60 mil demissões no estado só neste ano. O setor de indústria de transformação foi o que mais perdeu vagas no RN, com 1.800 postos de trabalho. O economista Antônio Carlos Alves explica que a demissão no setor é a última escolha.
“No caso da indústria de transformação, temos que levar em consideração que empresa só demite seus funcionários quando ela não tem outra alternativa. Por quê? Porque ela investiu pesado na formação e treinamento desse funcionário, então é um capital humano que, ao demitir ela perde, e no futuro quando a economia retornar o crescimento, e a economia vai retomar em algum momento, ela vai ter que reinvestir na formação de nova mão de obra. Então, para ela não é interessante investir, mas dada a situação da economia, ela não tem outra alternativa a não ser demitir. Então você percebe que é um conjunto de fatores que acaba impactando negativamente a performance no mercado de trabalho.”
Outro setor com saldo negativo, é a área de comércio. No acumulado de 12 meses, o setor abriu 268 novos postos de trabalho, mas de janeiro a maio deste ano fechou mais de 1.500 vagas no estado. Segundo o economista, esse fator é explicado por conta da sazonalidade, sendo que final de ano o comércio contrata muito mais por conta de festas que acontecem.
Com um saldo positivo, o setor de construção civil apresenta mais de 700 novas vagas no Rio Grande do Norte, de janeiro a maio deste ano. O pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo MDB, Henrique Meirelles, afirmou em coletiva em Natal que a criação de emprego é uma de suas prioridades.
“Eu me dediquei dois anos a tirar o Brasil do colapso, então não é uma continuidade, é mais do que isso. Isso é trabalho concreto, resultado concreto mostrado para população. Então, o que nós vamos fazer é ampliar a melhora, fazer com que esse crescimento de empregos continue. Porque o Brasil ainda tem muitos desempregados, o governo anterior criou 14 milhões de desempregados no Brasil. Mesmo que nós já tenhamos criado dois milhões de emprego no Brasil, ainda é pouco dentro desse vasto número de desempregados que o Brasil tem. Então, temos que criar emprego rigorosamente nos próximos anos.”
Já no Brasil, de acordo os dados divulgados pela IBGE, mais de 13 milhões de brasileiros estão desempregados. A taxa ficou abaixo da registrada no trimestre terminado em abril, quando o índice foi de 12,9%, e também em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando estava em 13,3%.
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