O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, atuou para obter recursos desviados da Petrobrás em troca de favores para a empreiteira OAS. A afirmação é do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Superior Tribunal Federal (STF) e publicada na manhã desta segunda-feira (6) pela Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, parte do dinheiro do esquema desbaratado pela Operação Lava Jato teria abastecido a campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, a qual ele foi derrotado no segundo turno por Robinson Faria.
Ainda de acordo com o jornal, Janot aponta que o presidente afastado da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha) e Henrique Alves atuaram para beneficiar empreiteiras no Congresso, recebendo doações em contrapartida.
“Alves, segundo a PGR, prometeu ao comando da OAS atuar junto ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte, onde a empreiteira tinha pendências”, diz um dos trechos da reportagem.
As mensagens também citam diversos encontros dos empreiteiros com Alves. Na prestação de contas da campanha de Alves, há o registro do recebimento de R$ 650 mil da OAS. Além disso, outros R$ 4 milhões, doados pela Odebrecht, são considerados suspeitos por Janot, porque as doações teriam sido feitas a pedido de Cunha para um posterior acerto da Odebrecht com a OAS.
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