A bacia potiguar detém cerca de um terço das reservas brasileiras de petróleo e gás natural em terra com aproximadamente 300 milhões de barris de óleo equivalente e a abertura do mercado com o repasse dos campos da Petrobras para a iniciativa privada trouxe novas oportunidades de negócios. De olho nesse potencial, um grupo de oito empresários, que já atuavam há décadas na cadeia produtiva do óleo e gás, uniu-se para criar uma operadora de petróleo em Mossoró, região onde se encontra a maior parte dos campos terrestres do RN.
A Petro Potiguar já está funcionando com um modelo de negócio em que opera os campos em parceria com as operadoras independentes que arremataram as áreas em leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A companhia mossoroense carrega a alcunha de ser composta por uma equipe de empreendedores que conhecem bem a realidade do setor, já que possuem empresas que durante décadas estiveram inseridas na cadeia de valor. Na área de relacionamento com mercado, estão Paulo Coelho, Gutemberg Dias e Emery Júnior. Os empresários José Nilo e Francisco Barreto estão na área de poços e petróleo, enquanto Adler Crispim, Francisco Josivan e Ricardo Pinheiro, ficam responsáveis pelas áreas de gestão de recursos naturais, infraestrutura e engenharia e desenvolvimento de projetos, respectivamente.
“Cada empresário tem uma expertise dentro de determinada área e resolvemos nos unir a partir da premissa de fazermos parcerias com as produtoras já existentes na bacia potiguar. Pela parceria, a Petro Potiguar fica responsável por toda a operação do campo ou do poço adquirida por determinado operador”, explica o empresário, Paulo Coelho.
A empresa começou a funcionar no dia primeiro deste mês ao operar dois poços de produção de óleo e um de injeção de água em um dos campos da Petro Victory e com perspectiva de colocar em atividades outros poços da mesma companhia.
O modelo e plano de negócio da Petro Potiguar foram desenvolvidos a partir de consultorias oferecidas pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, que comprovou a viabilidade da operação. De acordo com o gestor de Projeto de Petróleo, Gás e Energia do Sebrae-RN, Robson Matos, esse grupo participou de uma missão empresarial em Oklahoma e Texas, nos Estados Unidos, e conheceram de perto o funcionamento das pequenas operadoras americanas. A experiência deu origem ao projeto da Petro Potiguar.
“Nosso crescimento se dará conforme o mercado. Estamos preparados para ser uma grande empresa, mas tivemos o cuidado de começar pequenos para termos a certeza de entregar um bom serviço com eficiência e eficácia nos processos para colocar em atividade um campo de petróleo”, diz Paulo Coelho. Na visão do empresário, o cenário é positivo devido à abertura do processo de exploração por várias companhias, com atualização da legislação, e a perspectiva é triplicar a produção terrestre nos próximos anos. “O mercado é muito promissor. Ainda tem muito óleo debaixo da terra”, calcula Coelho.
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