As exportações do Rio Grande do Norte tiveram um crescimento de 132,3% entre janeiro e julho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento foi registrado nos valores exportados no intervalo desses sete meses de 2022, quando as vendas externas do Estado somaram US$ 494,06 milhões. Em 2021, foram registrados, em igual período, exportações de US$ 212,6 milhões.
Os números integram o mais recente Balanço do Comércio Exterior, sistematizado pelo Centro Internacional de Negócio e pelo MAIS RN, que são núcleos da FIERN, e elaboram mensalmente as informações sobre exportações no RN a partir do Comex Stat — base de dado do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços.
Com 61,8% do total exportado pelo Estado, o óleo diesel é o principal produto da pauta, seguido de melões, peixes, tecidos de algodão e sal. Excluindo o óleo diesel, as exportações deste ano estão 35,7% maiores que as do ano passado.
Em relação a julho do ano passado, as exportações totais ficaram 193,9% maiores do que as do ano passado. No comparativo de julho deste ano com o mesmo mês de 2021, o destaque também é o óleo diesel que teve uma exportação de US$ 66,1 milhões ante US$ 9,8 milhões, no comparativo de julho/2022, em relação a julho/2021.
Nas importações, os dois principais itens da pauta foram trigo (47,6%) e eletrogêneo de energia e equipamentos fotovoltaicos.
“É importante observar que, mesmo desconsiderando o impacto que as exportações de óleo diesel exercem sobre o total exportado, os produtos da pauta regular têm apresentado uma excelente evolução em 2022”, afirmou o assessor do Centro Internacional de Negócios (CIN) e do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da FIERN, Luiz Henrique Guedes.
“Não sabemos se, após a entrega pela Petrobrás aos novos donos da Refinaria Clara Camarão, o óleo diesel permanecerá na pauta e em qual intensidade, considerando que hoje ele faz parte de um movimento nacional e cujo valor exportado pelo RN representa um pequeno percentual do total”, acrescentou.
Luiz Henrique diz que o Estado tem outros produtos relevantes e que se destacam na pauta de exportação. “Importante ressaltar o grande crescimento das exportações de peixes (50%), sal (132%) e das pedras preciosas (624%), produto esse que sempre teve uma modesta participação na nossa pauta”, observou. “Nos próximos meses se inicia os embarques de melões e melancias, o que irá também trazer impacto positivo nos números totais, apesar da expectativa do setor de uma redução nos volumes exportados na safra que se inicia”, concluiu.
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