Na última terça-feira (21), um artefato explosivo foi detonado na ponte de Igapó, um importante equipamento viário de Natal. Desde então, autoridades locais têm se debruçado sobre o caso, buscando entender os danos causados pelo explosivo.
No entanto, enquanto o Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) afirmou que a explosão não teria impactado a estrutura da ponte, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) discordou da avaliação do órgão estadual e afirmou que a explosão teria, sim, danificado a estrutura da ponte.
Segundo a presidente do Crea-RN, Ana Adalgisa, a avaliação inicial indicou que houve danos na ponte, e que estes danos não seriam consequência de desgaste natural, mas sim do impacto do artefato explosivo. “Não é um dano de desgaste natural. Pela percepção que a gente teve, pela forma que está a estrutura, foi causado pela explosão“, afirmou a dirigente.
Ana Adalgisa ainda comentou que a estrutura da ponte está bem danificada devido ao tempo, mas que a corrosão encontrada no local não é consequência disso, e sim do impacto causado pela explosão. Quando questionada sobre a diferença entre as análises do CREA e do Itep, a dirigente foi categórica: “A gente solicitou o relatório ao Itep para tomarmos conhecimento. Não fomos convidados para vistoria junto com o Itep, eu não tenho acesso ao relatório e não posso comentar”.
Um parecer técnico deve ser divulgado em pouco mais de uma semana, e uma das recomendações que deverão ser feitas pelo Crea-RN diz respeito ao reparo imediato da estrutura. A explosão aconteceu no lado da ponte que segue no sentido zona Oeste de Natal, e o Crea apontou que o impacto poderia ser maior caso o fluxo na via estivesse liberado.
Além do Crea-RN, membros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Rio Grande do Norte também estiveram no local nesta quinta-feira (23), buscando entender os danos causados pela explosão.
O caso da ponte de Igapó é um exemplo da importância de contar com análises técnicas precisas e cuidadosas, especialmente em situações de risco e de danos a equipamentos viários. A discordância entre as avaliações do Itep-RN e do Crea-RN indica que há ainda pontos a serem investigados e esclarecidos, para que seja possível entender o que de fato aconteceu naquela terça-feira e como a segurança da ponte pode ser garantida no futuro.
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