O comitê científico do Consórcio Nordeste, do qual o Rio Grande do Norte faz parte, pediu o cancelamento do feriado de Carnaval para reduzir o avanço da variante Ômicron, mais transmissível que outras cepas da Covid-19. As recomendações constam em boletim destinado aos estados e municípios da região, que realiza festejos tradicionais na data.
De acordo com o documento, a manutenção dos feriados de carnaval e seus festejos pode estimular que as pessoas saiam de casa, promovendo aglomerações. No entanto, a entidade reconhece que a decisão terá prejuízos econômicos, o que torna a sua implementação mais dificultosa.
“O Comitê Científico tem clareza sobre as dificuldades políticas e os prejuízos econômicos decorrentes desta medida. Porém, o mais importante no momento é salvar vidas. E vidas não têm preço! Naturalmente, após o término da pandemia, novos feriados extraordinários poderiam ser criados pelos governos”, afirmou a entidade.
Dentre as orientações, o grupo também defende a proibição de shows e de festas particulares no período, de 28 de fevereiro a 1º de março. O objetivo é coibir aglomerações que ajudariam a disseminar o coronavírus.
“A manutenção dos feriados poderá se constituir num estímulo para a população ir às ruas, promovendo aglomerações, o que poderá resultar no agravamento do quadro da pandemia e o consequente prolongamento da terceira onda no Brasil”, diz o comunicado.
O Consórcio Nordeste, criado em 2019, reúne os nove estados da região para integrar políticas públicas de desenvolvimento econômico e social. O Comitê Científico integra esse colegiado, que, desde 18 de janeiro, é presidido pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
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