O Brasil ultrapassou a expressiva marca de 14 GW de capacidade instalada de energia eólica. Já são 14,34 GW de energia gerada pela força dos ventos em 568 usinas e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados. Para se ter uma ideia, esta é a mesma capacidade instalada de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do Brasil.
No ranking por estado, o Rio grande do Norte é o líder em produção, com 3,95 GW gerados em 146 usinas eólicas espalhadas por terras potiguares, sendo a maioria concentrada na região do Mato Grande.
Veja lista com os estados brasileiros que mais produzem, bem como o respectivo número de parques eólicos:
Em sete anos, a fonte eólica atingiu um crescimento consistente, passando de menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW de agora, completamente conectados à rede de transmissão. Em média, a energia gerada por estas eólicas equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de casas (80 milhões de pessoas).
A energia eólica já está chegando a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo dados do último Boletim Mensal do ONS, referente ao mês de setembro, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento recorde do SIN.
Nordeste
Os recordes de atendimentos a carga na região Nordeste já ultrapassam 70%. O dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de setembro, uma quinta-feira, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed e fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, o Nordeste foi exportador de energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia.
Até 2024, serão instalados mais 4,46 GW em 186 novos parques eólicos, levando o setor à marca de 18,80 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre. Com novos leilões, estes montantes se elevarão.
“Há uma competição, um exercício de comparação saudável entre os estados brasileiros nesse quesito. O que interessa, porém, é que o setor cresça como um todo. O momento atual é de consolidação do setor da energia eólica brasileira. O RN é pioneiro. Por termos sido líderes desde os primeiros leilões, lá em 2008, as dificuldades são sempre vistas aqui inicialmente”, aponta Jean Paul Prates, Presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE).
Para produzir energia eólica, são necessários bons ventos: estáveis, com a intensidade certa e sem mudanças bruscas de velocidade ou de direção. O Brasil tem a sorte de ter uma quantidade enorme deste tipo de vento, o que explica em grande medida o sucesso da eólica no país nos últimos anos.
Para comparação, podemos citar que a média mundial do fator de capacidade (medida de produtividade do setor) está em torno de 25%. No Brasil, nos últimos doze meses (de set/17 a ago/18), o fator de capacidade médio foi de 42,5%, atingindo picos de superiores a 60% em um mês e tendo passado dos 80% no caso dos recordes registrados pelo ONS no Nordeste em um dia.
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