A Polícia Federal iniciou uma investigação tratando as explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como atos terroristas com motivação política. O incidente envolveu Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Luiz foi o único morto durante o ataque.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, declarou em entrevista a Globo News que o fator determinante para a linha de investigação foi o teor político do ocorrido.
“O que justifica o inquérito para apurar ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato“, afirmou Rodrigues, esclarecendo também que a varredura inicial da área havia sido concluída. “Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde houve a explosão“, acrescentou.
Dinâmica dos ataques
A série de explosões começou por volta das 19h30, quando um artefato detonou no porta-malas do carro de Luiz, estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Logo após essa primeira explosão, Luiz teria avançado em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde lançou artefatos explosivos contra a estátua da Justiça, que adorna a entrada da sede do tribunal.
Relatos de testemunhas indicam que, depois dos ataques, Luiz deitou-se no chão e acionou uma bomba fixada na nuca, resultando em sua morte no local. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que foi acionada para o local, afirmou que todos os “artefatos potencialmente explosivos” presentes na Praça dos Três Poderes foram devidamente desarmados, eliminando o risco imediato para a população e para as autoridades presentes na área.
Em continuidade às investigações, as autoridades identificaram que Luiz havia alugado uma residência em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Na casa, foram encontrados outros explosivos, que também foram neutralizados pela PF. Esse material recolhido reforça a tese de um planejamento prévio para o ataque e, possivelmente, uma rede de apoio para a execução dos atos.
O incidente gera preocupações quanto à segurança na Praça dos Três Poderes, área simbólica que abriga os principais órgãos da República – STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. A PF prossegue com as investigações para identificar possíveis colaboradores e entender a motivação completa dos atos.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.