(ANSA) – Em um momento em que os números da pandemia estão em alta e o país ainda não iniciou a vacinação da população, o Brasil ultrapassou a triste marca de 200 mil mortes em decorrência do novo coronavírus Sars-CoV-2, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O boletim divulgado nesta quinta-feira (7) revela que foram registradas 1.841 mortes no período de 24 horas, elevando o total de vítimas para 200.498. O número diário de óbitos é o maior registrado desde o início da pandemia.
A primeira vítima da Covid-19 foi registrada em março de 2020, e o Brasil rompeu a marca de 100 mil pessoas que perderam a vida no dia 8 de agosto, cerca de cinco meses depois.
O número é alcançado em meio a críticas sobre a demora do governo de Jair Bolsonaro em anunciar o Plano Nacional de Imunização, divulgado somente em dezembro passado, e diante do atraso em relação a outros países, como Alemanha, Estados Unidos, Itália, Reino Unido, Índia, Rússia e Israel, que já iniciaram suas campanhas de vacinação.
Em relação aos últimos 10 anos, nenhuma doença matou tanto em um ano como a Covid-19 no território brasileiro. A segunda maior causa de óbitos nesse período foram as causas isquêmicas do coração, com média anual de 109.847 vítimas, segundo dados das autoridades sanitárias.
Hoje, o Brasil também bateu um recorde na quantidade de casos diários, com 94.517 novos contágios entre ontem e hoje, o que representa 20 mil infecções a mais do que o antigo recorde (70.574) contabilizado no dia 16 de dezembro. Com isso, o total de contaminações chega a 7.961.673.
A taxa de letalidade está mantida em 2,5%, enquanto que a incidência da doença para cada 100 mil habitantes subiu para 3.788,6.
A escalada nos números de casos e mortes voltou a subir nos dois últimos meses, principalmente em decorrência do período das festas e celebrações de fim de ano.
Atualmente, o Brasil é o segundo país no mundo no total de mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos (362.037). Já no total de casos, a nação liderada por Bolsonaro aparece em terceiro, após EUA e Índia (21.354.027 e 10.395.278, respectivamente), de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.
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