A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou projeções otimistas para o setor automobilístico brasileiro. A entidade anunciou um crescimento de 15% nas vendas em 2024 em comparação com o ano anterior, representando o melhor desempenho desde 2007 e consolidando o Brasil como o país com maior expansão entre os dez maiores mercados globais.
Segundo a Anfavea, o sucesso se deve a um robusto ciclo de investimentos de R$ 180 bilhões na indústria automobilística, impulsionando o segundo semestre a registrar as melhores vendas dos últimos dez anos. Esse crescimento gerou ainda a criação de 100 mil novos empregos em 2024.
“O Brasil foi o que mais cresceu entre os principais mercados do mundo. Esperamos começar o ano nesse ritmo acelerado e fazer de 2025 o último degrau antes da volta ao patamar dos 3 milhões de unidades vendidas”, afirmou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
A recuperação foi particularmente forte no segundo semestre, com uma média diária de vendas de 13.300 unidades em novembro – o maior índice em uma década. A Anfavea estima o emplacamento de 2,65 milhões de veículos até o final de 2024.
O segmento de veículos pesados também apresentou resultados positivos, com uma alta estimada de 15% nas vendas de caminhões e 8,5% nas vendas de ônibus.
Para 2025, a Anfavea projeta um crescimento de 5,6% nas vendas, totalizando 2.802 milhões de unidades. A previsão é de alta de 5,8% para automóveis e comerciais leves, e de 2,1% para veículos pesados.
As exportações, que decepcionaram no primeiro semestre, se recuperaram a partir de julho, impulsionadas pelo aumento de 39% nas vendas para a Argentina e 14% para o Uruguai. A Anfavea prevê que as exportações alcançarão 428 mil unidades em 2025, um aumento de aproximadamente 6,2% em relação a 2024.
Em relação ao emprego, a expectativa é de criação de 10 mil novas vagas diretas no setor, somando-se às 100 mil vagas geradas na cadeia produtiva em 2024. “No total, nosso setor é responsável por 1,3 milhão de empregos de alta qualificação, e esperamos que o atual ciclo de investimentos anunciado, de R$ 130 bilhões, abra ainda mais postos de trabalho não só na linha de montagem, mas também em algo estratégico para o país, que é pesquisa e desenvolvimento”, completou o presidente da Anfavea.
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